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COVID-19 | Reino Unido analisa esgoto para detectar surtos locais

Por| 23 de Outubro de 2020 às 17h40

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 fernando zhiminaicela / Pixabay
fernando zhiminaicela / Pixabay

Logo no início da pandemia, pesquisadores franceses começam a buscar respostas em bueiros, que são uma fonte muito rica de evidências, uma vez que dejetos humanos de pacientes com o coronavírus, como urina e fezes, têm uma carga viral significativa e podem até contaminar novas pessoas. Com isso em mente, o Reino Unido a analisar os esgotos para criar um sistema de alerta precoce para detectar surtos locais antes que se espalhem.

O projeto é uma colaboração entre o governo, instituições acadêmicas e empresas de água. Segundo o professor Davey Jones, especialista em ciências do solo e do meio ambiente na Bangor University e um dos pesquisadores envolvidos, os níveis virais nas águas residuais rastreavam o sucesso das medidas de isolamento durante a primeira onda. Agora, resíduos das estações de tratamento de esgoto serão testados quatro vezes por semana.

Os resultados da análise serão então compartilhados com sistemas de teste e rastreamento na Inglaterra, País de Gales e Escócia, ajudando a se concentrarem em comunidades específicas para atenção extra, bem como alertando os serviços locais. 

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Os cientistas tiveram que superar alguns obstáculos para refinar a técnica e desenvolver um teste padrão e preciso que se adapte a todos. No entanto, no sudoeste da Inglaterra já conseguiram detectar um aumento nas infecções, região onde a COVID-19 estava crescendo silenciosamente, com direito a vários casos assintomáticos.

O secretário do Meio Ambiente do Reino Unido, George Eustice, reconhece que esses testes de resíduos não são um substituto para um regime eficaz de teste e rastreamento, mas sim uma ferramenta extra.  Enquanto isso, Roseanna Cunningham, secretária do meio ambiente do governo escocês, afirma que os primeiros dados já estão fornecendo aos especialistas em saúde pública novas informações, que complementam o programa de teste populacional mais amplo para dar uma imagem mais robusta da prevalência da COVID-19 na Escócia. A técnica já está sendo usada em outras partes do mundo. A Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, por exemplo, testa resíduos de suas residências estudantis duas vezes por semana.

Fonte: BBC