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COVID-19 pode reduzir volume da massa cinzenta no cérebro, diz pesquisa

Por| Editado por Luciana Zaramela | 13 de Maio de 2021 às 15h30

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 Anna Shvets / Pexels
Anna Shvets / Pexels

Passado um ano da pandemia do coronavírus SARS-CoV-2, pesquisadores e cientistas começam a identificar outras complicações da doença que podem afetar os pacientes mesmo após a recuperação. Um recente estudo norte-americano identificou que a COVID-19  pode reduzir o volume da massa cinzenta do cérebro de pessoas que apresentaram febre e/ou baixa saturação de oxigênio.

Liderado por pesquisadores da Universidade do Estado de Geórgia (GSU) e do Instituto de Tecnologia da Geórgia (Georgia Tech), o estudo sobre as complicações da COVID-19 identificou que a redução de massa cinzenta no cérebro está relacionado também com a gravidade do caso da infecção. Em outras palavras, pacientes que adoeceram mais tinham um volume menor da massa. A condição se manteve mesmo após seis meses da alta hospitalar.

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Como a COVID pode reduzir a massa cinzenta?

Vale explicar que a massa cinzenta auxilia no processamento de informações no cérebro e as anormalidades na região podem afetar a comunicação entre neurônios. No caso da COVID-19, o estudo, publicado na revista científica Neurobiology of Stress, observa que a massa cinzenta é reduzida tanto no lobo frontal quanto no temporal.

Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores analisaram tomografias computadorizadas de 120 pacientes neurológicos nos EUA, incluindo 58 que contraíram a infecção do coronavírus de forma grave e outros 62 que não foram diagnosticados com a COVID-19. Nas análises, os exames foram analisados de acordo com a idade, o sexo e presença (ou não) do diagnóstico para a doença. "Imagens cerebrais anormais surgiram como uma característica importante da COVID-19", explicou Kuaikuai Duan, um dos autores do estudo e pesquisador da Georgia Tech.

Além da COVID-19, os pesquisadores perceberam que a redução da massa cinzenta estava relacionada com duas outras questões: necessidade de oxigenoterapia, quando a saturação de oxigênio do paciente está baixa (falta de oxigênio); e febre.

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Agora, análises do tipo devem ser replicadas em uma amostra maior e com populações diferentes. A partir desses resultados, as alterações no cérbero podem ser usadas como um biomarcador para determinar a provável gravidade da doença ou auxiliar os médicos na escolha do melhor tratamento para a infecção.

Para acessar o estudo completo sobre a redução do volume da massa cinzenta no cérebro após casos da COVID-19, clique aqui

Fonte: Medical X Press