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Covid-19 pode gerar dois padrões distintos de danos nos pulmões, segundo USP

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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kjpargeter/ Freepik
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Desde o início da pandemia, especialistas vêm se concentrando no impacto causado pela covid-19 nos pulmões das pessoas. Em um novo estudo,  ainda sem revisão por pares, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) analisaram amostras pulmonares de 47 pessoas que morreram em decorrência de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) causada pela covid-19 e identificaram dois padrões bem distintos de dano.

No estudo, cinco pacientes (10,6%) apresentaram tecido normal do pulmão lesionado pelo vírus substituído por tecido cicatricial (fibrose), o que dificultou a respiração, enquanto dez pacientes (21,2%) apresentaram tecido pulmonar  praticamente normal, exceto por sinais de coágulos em pequenos vasos. Um terceiro grupo com 32 pacientes (68,1%) apresentou essas duas condições simultaneamente. As complicações clínicas durante a internação incluíram choque séptico (62%), falência renal aguda (51%) e síndrome do desconforto respiratório agudo (45%).

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Os autores do artigo relatam que, nos dias que antecederam o óbito, os pacientes do primeiro grupo sofreram um declínio progressivo no índice de oxigenação, perda da capacidade do órgão de expandir e retrair durante a respiração e aumento na produção de colágeno.

Já os pacientes do segundo grupo tiveram uma melhora nos padrões respiratórios nos dias anteriores à morte, bem como alto nível da capacidade do órgão de expandir e retrair durante a respiração durante todo o período de hospitalização. Por outro lado, apresentavam elevação no nível de plaquetas (células sanguíneas envolvidas na formação de coágulos) e na formação de coágulos. O artigo pode ser lido aqui.

Fonte: Agência Fapesp