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COVID-19 impacta serviços de saúde mental em 93% dos países, segundo OMS

Por| 05 de Outubro de 2020 às 15h40

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Gerd Altmann / Pixabay
Gerd Altmann / Pixabay

Nesta segunda-feira (5), a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou uma pesquisa apontando como a pandemia COVID-19 impactou e interrompeu serviços essenciais de saúde mental em 93% dos países em todo o mundo. A análise, feita em 130 países, fornece os primeiros dados globais que mostram as consequências da doença, que tem preocupado toda a população no ano de 2020, no que diz respeito ao acesso aos serviços de saúde mental, e ressalta a necessidade urgente de mais financiamento.

A OMS já destacou anteriormente os problemas do subfinanciamento da saúde mental. Acontece que, antes da pandemia, os países gastavam menos de 2% de seus orçamentos nacionais de saúde em saúde mental e lutavam para atender às necessidades de suas populações.

Com a ascensão da pandemia, cresce também a demanda por serviços de saúde mental, uma vez que luto, isolamento, perda de renda e medo estão desencadeando problemas de saúde mental ou agravando os problemas já existentes. Enquanto isso, a própria COVID-19 pode causar complicações neurológicas e mentais, como delírio, agitação e derrame. Pessoas com transtornos mentais e neurológicos também são mais vulneráveis ​​à infecção por SARS-CoV-2 — podem correr um risco maior de resultados graves e até de morte. 

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A pesquisa, realizada de junho a agosto deste ano, aponta interrupção generalizada de muitos tipos de serviços essenciais de saúde mental. Mais de 60% dos países relatou interrupções nos serviços de saúde mental para pessoas vulneráveis, incluindo crianças e adolescentes (72%), adultos mais velhos (70%) e mulheres que precisam de serviços pré-natais ou pós-natais (61%). Enquanto isso, 67% viu interrupções no aconselhamento e psicoterapia; 65% para serviços críticos de redução de danos.

Além disso, 35% relatou interrupções nas intervenções de emergência, incluindo aquelas para pessoas com convulsões prolongadas, síndromes de abstinência de uso grave de substâncias e delírio, ao que 30% relatou interrupções no acesso a medicamentos para transtornos mentais, neurológicos e por uso de substâncias. 78% relatou interrupções parciais nos serviços de saúde mental na escola e no local de trabalho.

Embora muitos países (70%) tenham adotado a telemedicina ou teleterapia para superar as interrupções nos serviços presenciais, mais de 80% dos países de alta renda relataram a implantação de telemedicina e teleterapia para preencher lacunas na saúde mental, em comparação com menos de 50% dos países de baixa renda. Embora 89% dos países tenha relatado que a saúde mental e o apoio psicossocial fazem parte de seus planos nacionais de resposta COVID-19, apenas 17% desses países têm financiamento adicional total para cobrir essas atividades.

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“Uma boa saúde mental é absolutamente fundamental para a saúde geral e o bem-estar. COVID-19 interrompeu serviços essenciais de saúde mental em todo o mundo exatamente quando eles são mais necessários. Os líderes mundiais devem agir rápida e decisivamente para investir mais em programas de saúde mental que salvam vidas ̶ durante a pandemia e depois", declarou o Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, Diretor-Geral da Organização Mundial da Saúde.

Com isso em mente, o próximo sábado (10) é o Dia Mundial da Saúde Mental e, como parte de sua campanha, a OMS está promovendo um amplo evento online pela saúde mental, gratuito e aberto ao público. A transmissão ocorre no dia 10 de outubro nas redes sociais e no site da OMS.

Fonte: OMS