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Covid-19 aumenta o risco de doenças autoimunes em 40%

Por| Editado por Luciana Zaramela | 22 de Fevereiro de 2023 às 17h27

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  Abdelrahman_El-masry/Envato
Abdelrahman_El-masry/Envato

Pessoas que tiveram covid-19 apresentam maior risco para o desenvolvimento de doenças autoimunes, segundo cientistas alemães. Em pesquisa preliminar, foi possível observar a maior incidência de algumas doenças do tipo após a recuperação do coronavírus SARS-CoV-2, como artrite reumatoide e tireoidite crônica. A probabilidade é 43% maior do que naqueles que não foram infectados.

Publicado na plataforma MedRxiv, o preprint — estudo científico que não passou por revisão de pares — foi desenvolvido por pesquisadores do Hospital Universitário Carl Gustav Carus e do Instituto Robert Koch, ambos localizados na Alemanha.

"A infecção por SARS-CoV-2 está associada a um risco aumentado de desenvolvimento de doenças autoimunes de início recente após a fase aguda da infecção", pontuam os autores. A probabilidade permanece alta até 15 meses após o quadro da covid-19, podendo ser classificado como um quadro da covid longa.

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Quais doenças autoimunes são mais comuns após a covid-19?

Após analisar dados de saúde de mais de 640 mil pessoas que contraíram a covid-19 em 2020 e que foram acompanhadas até junho de 2021, os pesquisadores identificaram o risco aumentado para quatro principais doenças autoimunes:

  • Vasculite (inflamação dos vasos sanguíneos);
  • Tireoidite crônica, também conhecida como tireoidite de Hashimoto;
  • Artrite reumatoide (associado com inchaço nas articulações);
  • Síndrome de Sjögren (associada com alterações da glândulas produtoras de lágrimas e saliva).
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Estudo relaciona a covid-19 com doenças autoimunes

Segundo os autores, entre as pessoas que pegaram covid-19 e não tinham nenhum histórico de doença autoimune (641,7 mil voluntários), o risco de desenvolver quadros autoimunes era 15% maior. Por outro lado, entre as pessoas que não foram infectadas pelo coronavírus (1,5 milhão), o risco era de 11%. Dessa forma, os cientistas calculam que as pessoas infectadas têm uma probabilidade 43% maior de doença autoimune do que o grupo controle.

Agora, considerando as pessoas que já conviviam com o diagnóstico de uma doença autoimune, o risco de desenvolvimento de outra doença do tipo foi 23% maior no período analisado.

Limitações da pesquisa

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Embora as descobertas alertem para um possível desdobramento da covid-19, é preciso encarar a análise com cautela, já que, até o momento, não foi revisada por outros cientistas. Também não se sabe como as atuais variantes do coronavírus (descendentes da Ômicron) podem aumentar o risco e nem qual o impacto da vacinação e das doses de reforço nesta equação.

Fonte: MedRxiv