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COVID-19: 1,2 milhão de pessoas estão infectadas em SP, diz Inquérito sorológico

Por| 10 de Julho de 2020 às 22h00

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Pixabay
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Nesta semana, a prefeitura da cidade de São Paulo realizou uma nova testagem na população chamada inquérito sorológico. Este mapeamento tem sido feito pela prefeitura a cada 15 dias para monitorar a situação da COVID-19 no município em questão. Com isso, a prefeitura pôde concluir que um em cada dez moradores já foi infectado pelo novo coronavírus, sendo que 1,2 milhão de pessoas tiveram contato com o vírus na cidade, o que aumenta em sete vezes o número de casos oficiais confirmados até a última quinta-feira (9), de 178.118.

Segundo esse levantamento, pessoas de renda mais baixa, que não estudaram e que vivem com cinco ou mais pessoas na mesma residência, têm 3 vezes mais chance de ter contraído o vírus do que as pessoas de classe mais alta.

Este é a segunda investigação do tipo realizada pela Prefeitura. No primeiro levantamento, do dia 23 de junho, a estimativa foi que 1,1 milhão de pessoas (9,5% da população) já tinham sido infectadas. Agora, esse percentual, chamado de soroprevalência, aumentou para 9,8%, o que ainda é alto. A cargo da comparação, na França e Espanha, por exemplo, a soroprevalência chegou a 5%.

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Para chegar a essa conclusão, a Prefeitura de São Paulo pegou como base mais de 5,3 milhões de domicílios, em 96 distritos de todas as regiões da cidade, e realizou 2.864 coletas. Essa fase é batizada como fase 1, e os testes foram feitos entre os dias 29 de junho e 6 de julho. Na fase anterior, fase zero, o crescimento de 0,3 ponto percentual foi considerado uma estabilização segundo a secretaria de saúde do município.

Regiões de São Paulo

De acordo com essa pesquisa, a zona sul concentra soroprevalência de 11%, a maior taxa. Os casos se concentram em 14 regiões da cidade: Brasilândia, Sapopemba, Cachoeirinha, Jaçanã, Liberdade, Santa Cecília, Cidade Ademar, Jardim São Luiz, Campo Limpo, Capão Redondo, Parque São Lucas, Itaim Paulista, Itaquera e Lajeado.

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“Nesses 14 distritos com maior incidência nós vamos fazer um trabalho de campo ainda mais presente”, afirmou o prefeito Bruno Covas (PSDB). Enquanto isso, o secretário da Saúde, Edson Aparecido, explicou: “Vamos na casa das pessoas e testar em média cinco pessoas próximas ao contaminado e dar um atestado para que elas fiquem em casa até sair o resultado do teste”.

Questionado se, além dos atestados médicos, a prefeitura teria outras políticas, para garantir que as pessoas de mais baixa renda, que tiveram contato com o vírus e que geralmente estão no mercado informal onde atestados médicos não costumam mudar a rotina, o prefeito explicou que a principal medida é a distribuição de cestas básicas. Desde o começo da quarentena a prefeitura disse que distribuiu cerca de 1 milhão de cestas básicas.

Atualmente, o município está monitorando 288.903 pessoas com síndrome respiratória suspeitas de COVID-19. A Prefeitura fez 580.000, e diariamente faz 5.000 novos exames do tipo PCR (que detectam a presença do vírus quando ele ainda está no corpo). A ideia é chegar a 400.000 testagens mensais.

Fonte: Radioagência Nacional - Agência Brasil