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Covaxin | O que se sabe sobre a vacina indiana que vai chegar ao Brasil

Por| 26 de Fevereiro de 2021 às 17h20

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Artem Podrez / Pexels
Artem Podrez / Pexels

Na última quinta-feira (15), o Ministério da Saúde anunciou a compra de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin, desenvolvida pela empresa Bharat Biotech, que tem parceria com a farmacêutica brasileira Precisa Medicamentos. A vacina, no entanto, ainda não foi aprovada para registro, nem ao menos para o uso emergencial no Brasil, apenas na Índia.

Com produção apoiada pela Fundação Bill & Melinda Gates, o imunizante conta ainda com a colaboração do Instituto Nacional de Virologia (NIV) e do Conselho Indiano de Pesquisa Médica (ICMR). Na próxima semana, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) irá visitar a fábrica da Precisa Medicamentos, com o processo de admissão das doses ainda no início.

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O que se sabe sobre a Covaxin, até então?

A Covaxin foi criada para ser aplicada em duas doses e a sua composição é feita a partir do coronavírus inativado. De acordo com a Bharat Biotech, seu laboratório é capaz de fabricar cerca de 300 milhões de doses todos os anos. O imunizante indiano conta com a vantagem de não precisar de temperaturas baixíssimas para manter sua estabilidade, podendo ser armazenado em temperaturas entre 2 °C e 8 °C.

A vacina ainda não passou pela fase 3, mas as avaliações das fases 1 e 2, segundo a fabricante, apresentaram resultados satisfatórios tanto de segurança quando de resposta imunológica. Em entrevista à CNN, o laboratório afirmou que esses resultados estão todos disponíveis em cinco artigos científicos.

Os dados obtidos através da fase 2 estão, no momento, em processo de revisão por pesquisadores independentes, mas a empresa reforça que os resultados disponíveis até o momento já garantem uma maior certeza da eficácia do produto no combate ao coronavírus. A Índia começou um programa de imunização emergencial em massa no dia 16 de janeiro, aplicando cinco milhões de doses do imunizante em pessoas que atuam na área de saúde.

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Os testes da fase 3 tiveram início ainda em novembro de 2020, contando com a colaboração de 26 mil voluntários em toda a Índia. Após a liberação da Anvisa, os testes complementares podem ser feitos no Brasil, com a Precisa Medicamentos assinando um tempo de cooperação científica junto ao Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein.

A compra

O anúncio da compra das doses da Covaxin foi feito pelo Ministério da Saúde, informando que o investimento total foi de R$ 1,614 bilhão e que o processo foi facilitado devido à dispensa do uso de licitação, exigência que é amparada pela MP 1.026/21.

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As primeiras doses, totalizando oito milhões, devem chegar ainda em março ao Brasil em dois lotes de quatro milhões. O governo federal pode receber mais oito milhões de doses em abril e mais quatro milhões em maio.

Fonte: CNN Brasil, Agência Brasil