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CoronaVac é eficaz contra três variantes que circulam no BR, afirma Butantan

Por| Editado por Patricia Gnipper | 10 de Março de 2021 às 17h15

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Reprodução/Governo de São Paulo
Reprodução/Governo de São Paulo

No combate à COVID-19, mutações do vírus levantam preocupação sobre a eficácia dos imunizantes em uso. Agora, pesquisa desenvolvida pelo Instituo Butantan e pela Universidade de São Paulo (USP) aponta que a vacina CoronaVac é eficaz contra as três variantes do coronavírus SARS-CoV-2 — a britânica (B.1.1.7), a de Manaus (B.1.1.28) e a sul-africana (B.1.351) —  em circulação no Brasil.

De acordo com o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, a vacina CoronaVac demonstrou eficácia contra as três principais variantes do coronavírus. A afirmação foi feita nesta quarta-feira (10), durante coletiva de imprensa. "Estamos diante de uma vacina que é efetiva em proteção contra essas variantes que estão circulando neste momento", afirmou Covas. No entanto, o estudo completo ainda não foi divulgado.

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Na ocasião, Covas também explicou ainda que a variante P.1, que é originária de Manaus e considerada mais perigosa, é derivada da B.1.1.28, cepa na qual também foi verificada a eficácia da CoronaVac. Segundo o diretor, a variante de Manaus já pode ser a principal cepa em diversos municípios do país.

"Em Serrana [cidade do interior de São Paulo], desde junho de 2020 nós fizemos um acompanhamento até hoje, e aí vimos que já em dezembro de 2020 apareceu já algo diferente em termos de mudança do vírus. Em dezembro apareceu a P.2 [derivada da cepa brasileira B.1.1.28], a primeira variante de importância. Em janeiro, essa variante P.2 já era a predominante. Agora, em janeiro e fevereiro, já passou a ser predominante a P.1, a mais agressiva. E isso pode estar acontecendo em outros municípios", completou sobre o estudo do Butantan que acompanha a variabilidade genética do coronavírus.

Estudo sobre a CoronaVac e as novas variantes

Para atestar a eficácia da CoronaVac contra as novas variantes do coronavírus, a pesquisa inicialmente utilizou amostras de sangue de 35 participantes vacinados durante a Fase 3 do estudo clínico. No entanto, "o estudo completo inclui um número maior de amostras, que já estão em análise. Os resultados completos serão divulgados posteriormente", afirmou o governo de São Paulo em comunicado oficial.

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Nestes testes, foram utilizados os soros das pessoas vacinadas, colhidos através de exames de sangue. Dessa forma, os pesquisadores puderam verificar a eficácia dos anticorpos gerados no combate às variantes emergentes do coronavírus. "As amostras são colocadas em um cultivo de células e, posteriormente, infectadas com as variantes. A neutralização consiste em testar se os anticorpos gerados em decorrência da vacina vão neutralizar, ou seja, combater o vírus nesse cultivo", explicou a nota.

Uma das explicações possíveis para que a CoronaVac mantenha a eficácia contra as variantes emergentes do coronavírus é a tecnologia adotada para a imunização. Isso porque a fórmula foi desenvolvida a partir de fragmentos do coronavírus inativados (quando o vírus está "morto"). Em outras palavras, a imunização não ocorre apenas contra as espículas (spikes) do agente infeccioso — como ocorre com a maioria das vacinas, como a Covishield e da Pfizer — e, sim, contra todo o coronavírus. Como as principais mutações do coronavírus têm ocorrido nas espículas, elas não necessariamente invalidariam toda a proteção desencadeada pela vacina CoronaVac.

Fonte: G1