Escolas de SP já registram mais de 4 mil casos de COVID-19
Por Fidel Forato | Editado por Jones Oliveira | 10 de Março de 2021 às 11h40
Em fevereiro, as escolas do estado de São Paula puderam iniciar o novo ano letivo, inclusive de forma presencial, respeitando as recomendações para conter a transmissão do novo coronavírus (SARS-CoV-2). Passado pouco mais de um mês, a Secretaria Estadual de Educação de SP notificou, nesta terça-feira (9), 4.084 casos confirmados da COVID-19 entre estudantes, professores e funcionários nas escolas públicas e privadas.
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"A confirmação de 78% (3.205) dos casos foi por meio do teste molecular RT-PCR, seguido de 13% (548) por testes rápidos de antígeno ou anticorpos e 6% (274) teste sorológico como Elisa, quimiluminescência e eletroquimiluminescência", detalha o Boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria. Com a pequena quantidade de testagem, é possível também que haja uma subnotificação dos casos.
Estas ocorrências confirmadas da COVID-19 foram registradas em 2.048 escolas de um total de 29,8 mil estabelecimentos de ensino em todo o estado de SP. "A proporção de escolas com casos confirmados foi de 35% na rede municipal, seguida de 40% na rede estadual e 50% das escolas privadas, que notificaram/registraram casos confirmados", explica o boletim epidemiológico.
Além das confirmações de casos do coronavírus, foram notificados, no total, 24,3 mil casos suspeitos da COVID-19 em 4,8 mil escolas, o que significa que apenas 17% foram efetivamente confirmados. De acordo com a Secretaria, a proporção de casos confirmados no ambiente escolar é 33 vezes menor do que a registrada no estado.
Funcionários e professores foram mais infectados
Segundo os dados divulgados sobre a COVID-19 dentro das escolas, a maior parte dos casos confirmados (62%) atingiu funcionários e professores de escolas, o que representa 2.526 pessoas. Entre alunos, foram 1.558 confirmações de infecções pelo coronavírus. Deste total de casos, 21 mortes foram confirmadas em decorrência da infecção, sendo duas de estudantes e as outras 19 mortes de professores ou funcionários.
Com a Fase Vermelha de contingenciamento do coronavírus impostada no estado de SP e o crescente aumento de casos e óbitos, algumas medidas são obrigatórios para o funcionamento das escolas, de forma presencial, como o limite de ocupação de 35% dos alunos. Entre os outros protocolos que a secretaria tem exigido das escolas para evitar a disseminação da doença estão: a aferição de temperatura na entrada dos estabelecimentos de ensino; o uso obrigatório de máscara; a ventilação dos ambientes; o distanciamento físico de ao menos 1,5 metro; e a adoção de medidas de higiene.
A partir do levantamento feito com os casos confirmados da COVID-19 dentro das escolas, a Secretaria de Educação comenta: "A frequência presencial nas escolas não parece contribuir de maneira significativa para a transmissão comunitária como um todo, o que serve para atestar que, no contexto da pandemia, o espaço escolar pode configurar um ambiente mais seguro do que outros, se for considerada a chance de contaminação pela COVID-19".
No entanto, profissionais da educação apontam para a necessidade de melhores medidas para evitar o contágio da COVID-19, principalmente no quesito da higienização e o uso das máscaras pelos alunos. Além disso, os professores e funcionários dos colégios que atuam de forma presencial ainda não têm previsão para serem vacinados contra o coronavírus.
Para acessar o Boletim epidemiológico completo, divulgado pela Secretaria de Educação de SP, clique aqui.
Fonte: Agência Brasil