Como os cérebros humanos ficaram tão grandes? A resposta pode estar no intestino
Por Júlia Putini • Editado por Luciana Zaramela |

Há anos cientistas tentam descobrir quais fatores proporcionaram que o cérebro dos mamíferos se desenvolvesse tanto. Agora, uma pesquisa da Northwestern University aponta que os micróbios intestinais podem ter um papel importante nesse crescimento.
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Publicado nesta segunda-feira (2) na revista científica Microbial Genomics, o estudo envolveu um experimento controlado em laboratório. Nele, os pesquisadores implantaram micróbios de duas espécies de primatas com cérebros grandes (humano e macaco-esquilo) e uma espécie de primata com cérebros pequenos (macaco) em camundongos.
As descobertas revelaram que os ratos com micróbios de espécies de primatas com cérebros grandes produziram e usaram mais energia, enquanto aqueles com micróbios de espécies de cérebros pequenos armazenaram mais energia na forma de gordura.
A pesquisa foi pioneira em demonstrar que os micróbios intestinais animais moldam variações na biologia das espécies. Esse fato reforça a hipótese de que os micróbios intestinais podem influenciar a evolução, ao alterar o funcionamento do corpo de um animal.
No caso, alterações da microbiota proporcionaram maior aporte de energia, o que possivelmente resultou em cérebros grandes como os de algumas espécies que existem hoje, inclusive a humana.
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Fonte: Microbial Genomics