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Como o cérebro de um psicopata se diferencia dos outros

Por| Editado por Luciana Zaramela | 15 de Novembro de 2022 às 15h00

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Luis Villasmil/Unsplash
Luis Villasmil/Unsplash

Já sabemos o que é psicopatia: um comportamento caracterizado pelo padrão de violação dos direitos dos outros, com aspectos como agressão e furto. Em casos extremos, até mesmo assassinatos. O diagnóstico da psicopatia envolve algumas características de comportamento, como fracasso em conformar-se às normas sociais com relação a comportamentos legais e propensão para enganar. Mas como o cérebro do psicopata se diferencia dos demais?

Segundo um artigo da University of Wisconsin-Madison (EUA), os psicopatas têm conexões reduzidas entre o córtex pré-frontal ventromedial (vmPFC), a parte do cérebro responsável por sentimentos como empatia e culpa, e a amígdala, que faz a mediação do medo e da ansiedade.

“Essas duas estruturas no cérebro, que se acredita regularem a emoção e o comportamento social, parecem não estar se comunicando como deveriam”, concluíram os pesquisadores, à época. O estudo, que ocorreu em uma prisão de segurança média em Wisconsin, aconteceu por meio de um scanner de ressonância magnética móvel.

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Ao todo, a pesquisa comparou os cérebros de 20 presidiários com diagnóstico de psicopatia com os cérebros de outros 20 presidiários que cometeram crimes semelhantes, mas não foram diagnosticados com psicopatia.

"A combinação de anormalidades estruturais e funcionais fornece evidências convincentes de que a disfunção observada neste circuito socioemocional crucial é uma característica estável de nossos infratores psicopatas", apontou o estudo.

Um artigo da University of Chicago in Illinois apontou, ainda, que os psicopatas podem ter uma deficiência no sistema de neurônios espelho, que, em um cérebro saudável, ativam tanto quando percebemos alguém fazendo uma ação quanto quando fazemos a mesma ação nós mesmos.

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Além disso, o estudo (também realizado com presidiários) descobriu que as ínsulas e os córtices pré-frontais ventromediais (vMPFC) dos participantes não conseguiram se conectar quando os participantes tiveram que assumir a perspectiva de outro.

Por sua vez, uma equipe de pesquisadores canadenses publicou, em 2021, um estudo na revista Evolutionary Psychology sugerindo que a psicopatia pode não ser um transtorno mental.

Fonte: IFL Science, University of Wisconsin-Madison, Medical News Today