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Como deixar sua casa protegida da COVID-19

Por| Editado por Luciana Zaramela | 03 de Maio de 2021 às 13h30

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Tumisu/Pixabay
Tumisu/Pixabay

A pandemia da COVID-19 ainda é uma verdadeira preocupação mundial, e tem motivado empresas e instituições a desenvolver meios de prevenir e combater a doença, como vacinas e medicamentos. Mas você sabia que existem itens que podem proteger a sua casa? Para se ter uma ideia, o mercado conta com pisos, painéis em MDF, tapetes e outros materiais para construção antiviral, com tudo comprovado em laboratório.

A capacidade de inativar o coronavírus em diversos produtos se dá a partir de um componente químico denominado micropartícula de prata. "Quando entra em contato com os microorganismos, no caso, o vírus, a micropartícula desestrutura a membrana — invólucro do vírus — e o material genético fica exposto à prata que o oxida, eliminando as funções vitais do vírus e inativando qualquer ação do patógeno", explica ao Canaltech Daniel Minozzi, cofundador e diretor da Nanox, que desenvolveu uma micropartícula de prata capaz de inativar o novo vírus em produtos que incluem desde o segmento têxtil até o mercado de construção e decoração.

Por enquanto, os avanços desse mercado giram em torno de pisos de madeira, laminados e painéis em MDF, além de louças sanitárias, que também contam com o aditivo antiviral, mas a expectativa é que o futuro traga tintas, vernizes e metais sanitários com componentes que inativam o vírus. Além disso, já existem tapetes e carpetes, com ação anti-COVID permanente, com a aplicação da nanotecnologia dentro das fibras.

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Para Minozzi, o desenvolvimento da tecnologia é fundamental para combater a pandemia. “A nanotecnologia anti-COVID presente no setor da construção civil e decoração oferece mais superfícies protegidas e, consequentemente, mais segurança — tanto em ambientes domésticos quanto espaços de uso comum e compartilhado que recebem grande volume de pessoas, como aeroportos, rodoviárias, hospitais e escolas”, afirma o diretor. “A cada passo que a indústria faz rumo à busca de novas aplicações, posso dizer que estamos chegando próximo de ter uma casa totalmente anti-COVID”, completa.

Micropartícula de prata contra o coronavírus

Para comprovar a ação da tecnologia contra o coronavírus, os materiais são testados e comprovados através do QuasarBio, referência em ensaios com SARS-Cov-2, com laudos protocolados pelo pesquisador Lucio Holanda Gondim de Freitas e pelo professor, médico e virologista Edson Durigon. Os ensaios são realizados em laboratório com Nível de Biossegurança 3 (NB3) — especializado na manipulação de microrganismos com alto grau de patogenicidade e que oferecem risco à vida humana e ao meio ambiente.

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“Se o cenário de vacinação no mundo seguir o ritmo atual, a imunização completa ainda deve demorar. Com isso, as medidas protetivas contra o vírus devem ser mantidas pela população e a tecnologia antiCOVID atua como aliada para minimizar das taxas de contaminação cruzada, sempre acompanhada dos demais cuidados: uso de máscaras de proteção, higienização das mãos e distanciamento adequado”, pontua Minozzi.

Questionado sobre o que levou a Nanox a desenvolver essa micropartícula, o cofundador conta que são mais de 16 anos de pesquisa e desenvolvimento. O projeto teve início quando a empresa começou a desenvolver um produto com nanotecnologia capaz de inibir crescimento bacteriano e microbiológico e que pudesse ser aplicado em materiais, oferecendo segurança para a área médica e alimentícia.

"Em nossas pesquisas encontramos a prata, que antes dos antibióticos à base de antimicrobianos, era utilizada para confecção de produtos como talheres e filtros de água, evitando contaminações. Sua ação era interessante, mas no passado, não era possível estabilizar e organizar a prata para as aplicações, como acontece atualmente. A quantidade de prata que se usava era demasiada para atingir o objetivo, portanto, os projetos eram caros e inviáveis tecnicamente", Minozzi conta.

O cofundador menciona que para certificar-se de que a partícula não faz mal aos usuários, há estudos de toxicidade, tantos orais quanto inalatórios. Cada aplicação de mercado exige um regulatório específico e tem que ser avaliado. "Em tecidos, há testes de irritabilidade e alergenicidade. Em saneantes, há testes de citotoxicidade. Não é à toa que, por uma questão de toxicidade ao usuário e ao ambiente, os antimicrobianos químicos estão sendo substituídos por tecnologias de prata na comunidade europeia", observa.

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Segundo Minozzi, os produtos com essa tecnologia têm a limpeza e assepsia facilitada, minimizando o potencial de contaminação: "Quando falamos em microorganismos e contaminação, temos que pensar na exposição a qual ficamos expostos. Essas tecnologias trabalham para manter o produto e ambiente com um nível de menor exposição".

"Hoje os tapetes com tecnologia antimicrobiana, acaricidas e, agora, capacidade antiviral, já são uma realidade em uma casa que tenha pessoas que são alérgicas a ácaros e fungos. O tapete tem a ação contínua, inibe e reduz os microorganismos que podem piorar as crises alérgicas nos usuários. Portanto, serve de controle de contagem e inibição dos microrganismos", completa.

Lâmpada UV-C

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Além da micropartícula de prata, outra forma de deixar sua casa anti-COVID é por meio da iluminação UV-C, capaz de inativar vírus e bactérias em espaços de circulação de pessoas. A tecnologia de luz ultravioleta tornou-se muito importante em meio à pandemia do COVID-19, porque a radiação é capaz de inativar microrganismos prejudiciais à saúde em questão de segundos, nas áreas iluminadas.

Trata-se de uma solução segura e confiável não apenas para eliminar o coronavírus, mas também outros vírus e bactérias, o que pode ajudar a prevenir a população de infecções conhecidas, mas também evitar que novas doenças se espalhem causando novos surtos epidemiológicos no mundo.

Luminárias para desinfecção de ar podem ser utilizadas com pessoas no ambiente, uma vez que são instaladas a uma altura que, em combinação com blindagem especial, evitam a exposição direta à fonte de luz UV-C. O ar na parte superior da sala é continuamente desinfetado usando radiação e o fluxo natural de ar do cômodo. Os raios UV-C quebram o DNA e/ou RNA de microrganismos, incluindo vírus e bactérias, tornando-os inofensivos.

Um exemplo é a lâmpada da Signify (detentora da marca Philips), que emite um pico de radiação a 254 nm próximo ao pico de eficiência germicida. Como a exposição aos raios UV-C pode ser prejudicial aos olhos e à pele, cada produto é projetado, instalado e utilizado de acordo com as instruções específicas e requisitos de segurança para seu uso, e fabricado por meio de processos industriais altamente controlados.