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Como a dengue pode provocar queda de cabelo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 13 de Março de 2024 às 12h08

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twenty20photos/Envato
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A queda de cabelo não é um sintoma comum da dengue. No entanto, alguns pacientes podem sofrer com a perda de fios após o período de recuperação da doença — quando a fase aguda já acabou. Nestes casos, o problema é o eflúvio telógeno agudo, uma condição passageira e reversível.

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é normal que uma pessoa perca de 100 a 120 fios de cabelos por dia. Quando o paciente está com o eflúvio telógeno, a queda diária salta para 200 a 300 fios, o que pode ser percebido pelo "bolo" que cai no chuveiro ou pelo pente.

Para a maioria dos pacientes que tiveram queda de cabelo após a dengue, tudo voltará ao normal, como era antes. Em média, o processo de recuperação natural dos fios leva de 2 a 6 meses, mas pode ser intensificado por algumas intervenções.

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É normal cair cabelo após a Dengue

O eflúvio telógeno é uma forma de perda temporária de cabelo, como define Isabela Etto Cabello, médica dermatologista. Isso ocorre por causa de uma dessincronização no ciclo capilar.

Para entender, os fios de cabelo têm uma espécie de ciclo de vida, marcado por duas grandes fases:

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  • Anágena: crescimento dos fios;
  • Telógena: momento de repouso, onde a queda dos fios se torna mais suscetível.

Após alguns problemas de saúde ou uma situação de estresse, uma parcela significativa dos fios pode migrar para a fase telógena. Por isso, há queda de cabelo após um período. Isso tende a ocorrer de 2 a 3 meses após a infecção pelo vírus da dengue, por exemplo. Zika, chikungunya e covid-19 podem provocar o mesmo problema.

Naturalmente, o ciclo capilar será realinhado, o que pode levar de 2 a 6 meses. Apesar do tempo, o eflúvio telógeno é uma condição passageira.

O que provoca a queda de cabelo?

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Até o momento, a ciência não sabe exatamente como a dengue desencadeia o eflúvio telógeno, mas existem algumas hipóteses envolvidas. É provável que a condição seja causada pela resposta inflamatória desencadeada pelo vírus, assim como o estresse físico e emocional associado à infecção.

“Durante a dengue, o corpo passa por uma resposta inflamatória, liberando citocinas e outras substâncias inflamatórias. Essas substâncias podem afetar o ciclo de crescimento do cabelo, levando ao desequilíbrio e ao eflúvio telógeno”, afirma a médica. 

“Além disso, o estresse físico causado pela febre alta, dores musculares e fadiga também pode contribuir para o desencadeamento da queda de cabelo”, acrescenta a especialista.

Tratamento para queda de cabelo

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“Com a devida atenção e cuidado, é possível superar a queda de cabelo pós-dengue e restaurar a saúde capilar”, lembra a médica. Para isso, a recomendação é buscar a orientação de um profissional que irá avaliar as necessidades específicas de cada paciente.  

Entre as orientações possíveis para restaurar a saúde dos fios, o profissional de saúde pode indicar:

  • Dieta equilibrada e rica em nutrientes essenciais, como vitaminas do complexo B, vitamina C, vitamina E, zinco, ferro e proteínas;
  • Suplementos alimentares;
  • Tratamentos tópicos, como o uso do minoxidil, composto que estimula o crescimento capilar;
  • Terapia com laser de baixa intensidade, o que melhora a circulação sanguínea no couro cabeludo e estimula o crescimento.

Nesta fase de recuperação do eflúvio telógeno associado à dengue, a médica orienta que tratamentos capilares agressivos, como o uso excessivo de calor e produtos químicos, devem ser evitados.

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Fonte: SBD