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Com total de 20 mortos, Uruguai torna-se exemplo na luta contra o coronavírus

Por| 22 de Maio de 2020 às 15h50

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Referência para os países da América e também de todo o mundo, o Uruguai vem se destacando na luta mundial contra a COVID-19. O país conseguiu controlar o número de casos do novo coronavírus (SARS-CoV-2) em um valor abaixo dos mil infectados. Isso sem precisar impor a quarentena obrigatória. São apenas 749 registros da COVID-19 e 20 mortos em decorrência da infecção respiratória, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.   

Em comparação, os Estados Unidos registram 1,588 milhão de contaminados e 95 mil óbitos. Já o Brasil tem mais de 310 mil casos confirmados da doença e 20 mil mortos, enquanto o Peru tem 108 mil infectados e 3 mil mortes. Ainda nas Américas, o Chile conta com 61,8 mil casos e 630 óbitos, por exemplo.

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Para sermos mais precisos, é o único país da região que figura entre os 42 no mundo que têm conseguindo vencer a COVID-19, segundo o portal End Coronavirus, que traz um ranking organizado pelo New England Complex Systems Institute.  O ponto curioso dessa história é que o presidente do Uruguai, Lacalle Pou, assumiu o governo no início de março, somente 13 dias antes do primeiro caso da doença no país.

Responsabilidade

Para encarar a pandemia, o governo local decretou emergência sanitária, mas não definiu o confinamento como obrigatório, o que não significa dizer que foi imprudente e ignorou os riscos da COVID-19. Apelando para a responsabilidade dos uruguaios, foi lançada a “Operação Todos em Casa” que recomendava a cada cidadão limitar sua circulação e respeitar o distanciamento social.

O governo uruguaio suspendeu as aulas, fechou e fronteiras e também proibiu aglomerações. “Não está desaconselhado sair, desde que a pessoa mantenha distância de outras e use máscaras”, orientou o presidente em uma da suas coletivas.

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Para atenuar os efeitos econômicos da crise sanitária, o país desenvolveu um programa de estímulo à iniciativa privada e criou também um seguro-desemprego para os uruguaios que ficaram desempregados ou tiveram redução salarial. Para os trabalhadores do mercado informal, também foi concedido um subsídio por dois meses, equivalentes a 160 dólares (cerca de 888 reais). No mesmo período, os salários de funcionários públicos e aposentadorias foi reduzido.

Segredo uruguaio

Seguindo a risca as indicações da OMS (Organização Mundial da Saúde) de se testar o máximo possível dos casos suspeitos da COVID-19, o governo uruguaio controlou, com sucesso, a taxa de contágio do novo coronavírus. A seu favor, pesou também o tamanho e a densidade demográfica do país, que não ultrapassa os 3,5 milhões de habitantes. A população fez sua parte, com respostas rápidas.

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Segundo a plataforma Worldometer, que monitora a doença no mundo, foram realizados 10.261 exames para cada milhão de habitantes, contabilizando no total 36.537. Em comparativo, os Estados Unidos testaram mais de 13,6 milhões de pessoas (equivalente a 41 mil para cada milhão de habitantes) e o Brasil realizou 735 mil testes (3,4 mil para cada milhão).

Atualmente, o Uruguai inicia a retomada gradual de suas atividades. Ainda na semana passada, as repartições públicas voltaram a funcionar, junto a uma parte do comércio. Em breve, na próxima etapa da retomada, as escolas devem reabrir.

Fonte: G1