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Com a variante Delta em vista, é preciso desenvolver novas vacinas?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 17 de Agosto de 2021 às 13h30

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rawf8/envato
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Uma preocupação mundial tem sido a variante Delta do coronavírus. Além de ser mais transmissível do que as variantes anteriores, também parece mais capaz de causar infecções invasivas em pessoas vacinadas. Seria então o caso de desenvolver novos imunizantes? Neste momento, qual é a prioridade?

Por enquanto, especialistas em saúde pública dizem que a emergência muito maior é aplicar a primeira e a segunda dose na população. A maioria das pessoas não precisa de reforços para prevenir formas graves da doença e não está claro quando ou se eles precisarão. Mas as empresas já estão procurando atualizar suas vacinas para mutações do coronavírus, e há uma boa chance de que a terceira dose esteja chegando em breve para algumas pessoas. 

No que diz respeito aos EUA, por exemplo, onde a vacinação já está avançada, a Food and Drug Administration (FDA) e o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) aprovaram vacinas de reforço para indivíduos imunocomprometidos. 

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Por enquanto, os desenvolvedores de vacinas estão trabalhando na questão de saber se as futuras vacinas contra COVID-19 precisarão ser ajustadas para a variante Delta ou outras novas variantes. As evidências iniciais sugerem que os reforços da vacina original devem adicionar proteção contra a Delta. 

A síntese de dados de diferentes países sugere que as vacinas de mRNA da Pfizer e da Moderna são provavelmente até 60% de proteção contra a Delta. A vacina da Janssen é provavelmente menos protetora contra doenças sintomáticas do que uma vacina de mRNA de duas doses, com base em estudos que descobriram que ela produz níveis mais baixos de anticorpos neutralizantes (que bloqueiam a entrada do vírus nas células).

Estão surgindo agora dados de que a vacina da Janssen provavelmente também previne formas graves da variante Delta. As vacinas ainda parecem reduzir a probabilidade de transmissão. Não está claro, exatamente, por que a variante em questão pode romper a proteção induzida pela vacina com mais frequência, mas pode haver vários fatores. Um deles é que os anticorpos que a vacina produz podem não se ligar à variante do vírus, também. Outra possível razão é que o sistema imunológico começa a baixar a guarda com o tempo. 

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Em meio a isso, os fabricantes de vacinas também estão estudando versões das suas fórmulas, atualizando-as para atingir o alvo (a proteína spike do coronavírus) diante das mutações. Depois da prioridade (vacinar a população), caso a ideia de criar uma futura vacina contra o SARS-CoV-2 persista, ela não seria específica para a variante Delta, mas sim universal para todas as linhagens potenciais do SARS-CoV.

Uma vacina universal poderia se basear nas semelhanças entre os vírus, produzindo anticorpos potentes observados em algumas pessoas infectadas com vírus. E, de acordo com pesquisadores, podemos chegar lá em breve, e esperançosamente, seria uma solução duradoura, em vez de uma solução voltada a cada uma das variantes.

Fonte: Live Science