A variante Delta do coronavírus é mais mortal? Veja o que dizem estudos
Por Natalie Rosa | Editado por Luciana Zaramela | 13 de Agosto de 2021 às 09h40
Com a chegada da variante Delta, que se originou na Índia, os casos de COVID-19 começaram a aumentar nos locais em que a cepa chegou, como nos Estados Unidos. O que se sabe sobre ela, até o momento, é que a mutação é mais transmissível que a original, mas uma dúvida ainda paira no ar: seria ela mais mortal?
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Alguns estudos realizados com a variante Delta mostram que ela pode deixar as pessoas não-vacinadas infectadas por ela ainda mais doentes. Em uma pesquisa realizada na Escócia entre abril e junho, os cientistas descobriram que pessoas infectadas pela cepa (identificada pela primeira vez na Índia) tinham o risco dobrado de precisar de hospitalização, em comparação com a variante Alpha, que se originou no Reino Unido.
Outro estudo, ainda não revisado por pares, foi realizado no Canadá e publicado na plataforma medRxiv, também diz que o risco de hospitalização pela variante é o dobro em relação à cepa original, assim como o risco de morte. Ambos os estudos, no entanto, ainda são preliminares, e muitos outros ainda precisam ser realizados. Também ainda não está claro qual é a taxa de mortalidade da variante Delta em relação às outras.
O que se sabe é que as vacinas contra a COVID-19 atuais reduzem as chances de infecção pela doença, incluindo pela variante Delta. De acordo com estimativas do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), agência de saúde norte-americana, pessoas vacinadas com as duas doses da vacina, ou dose única, tem oito vezes menos chances de terem uma infecção sintomática, além de probabilidade 25 vezes menos de morrer pela contaminação do que as que não foram vacinadas.
Você pode conferir esses estudos na revista The Lancet e na plataforma medRxiv.
Fonte: LiveScience