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Cientistas decodificam diferença genética entre machos e fêmeas

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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ktsimage/Envato
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Na última sexta-feira (3), um estudo publicado na revista Science trouxe diferenças genéticas entre machos e fêmeas. Os pesquisadores decodificaram os fatores que controlam o desenvolvimento específico do sexo dos principais órgãos em humanos, camundongos, coelhos e gambás. Com a comparação, os investigadores também conseguiram traçar a evolução das características específicas de cada sexo.

Os pesquisadores explicam que o desenvolvimento dos órgãos dos mamíferos antes e depois do nascimento é controlado pela interação complexa e afinada de muitos genes diferentes, também conhecidos como programas de expressão genética.

Até agora, no entanto, os pesquisadores não conseguiam entender como os programas diferem entre indivíduos do sexo feminino e masculino e os efeitos que estas diferenças têm na função e composição celular dos órgãos em mamíferos adultos. Foi justamente tal enigma que o estudo buscou decifrar.

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Com isso, os pesquisadores conseguiram finalmente mapear sistematicamente os genes ao nível dos órgãos e das células que são principalmente ativos em apenas um dos dois sexos durante o desenvolvimento.

Diferenças genéticas entre machos e fêmeas

No estudo, os autores descrevem que quase todas as diferenças na expressão genética se desenvolvem apenas na puberdade. Isso significa que os programas genéticos responsáveis ​​pelo desenvolvimento das características dos órgãos específicos do sexo são ativados quase exclusivamente no final do desenvolvimento dos órgãos, desencadeados por hormônios femininos ou masculinos.

O grupo também descobriu que as diferenças entre os sexos ocorrem em mamíferos nos mesmos órgãos e nos mesmos tipos de células nestes órgãos, mas ocorrem principalmente através da atividade de diferentes genes.

No próprio estudo, a equipe reconhece que as descobertas ajudam a destacar a rápida evolução das características específicas de cada sexo.

Masculino e feminino

Mas a ideia de entender essa distinção não é nova: em 2021, pesquisadores buscaram responder se o cérebro masculino é diferente do cérebro feminino. Eles descobriram que não há diferenças significativas entre a estrutura ou atividade do cérebro de homens e mulheres, e nenhuma das supostas diferenças cerebrais explica possíveis diferenças de personalidade entre os sexos.

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Em contrapartida, em 2022 os pesquisadores descobriram que machos e fêmeas sentem dor de forma diferente. Isso graças à atividade de alguns neurônios da medula espinhal. Tais células processam os sinais de dor de maneira diferente nas mulheres em comparação com os homens, fazendo com que, nelas, o limiar de dor seja mais alto.

Fonte: Science