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Cientistas da UFMG desenvolvem vacina brasileira contra mpox

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Rthanuthattaphong/Envato Elements
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Pesquisadores do Centro de Tecnologia de Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desenvolvem uma vacina nacional contra mpox (doença anteriormente conhecida como varíola dos macacos). Os trabalhos começaram há dois anos, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a primeira emergência global. Nas últimas semanas, foi confirmada a segunda emergência.

Nesse contexto, a potencial vacina contra a mpox é considerada uma das prioridades da Rede Vírus, comitê de especialistas em virologia que foi reunido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). 

Além da infecção que causa erupções na pele e que pode levar ao óbito quando não há suporte médico (como é possível observar em muitos casos no continente africano), o grupo de cientistas investiga outros vírus emergentes que podem afetar o país.

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Pesquisa pioneira da UFMG

Toda a pesquisa liderada por cientistas da UFMG está relacionada com o Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos Estados Unidos, já que a organização norte-americana doou um material conhecido como vírus-semente. 

O patógeno recebido para ser a base da vacina é um vírus semelhante ao da mpox atenuado, conhecido como vírus Vaccínia Ankara Modificado. “Esse vírus vivo foi atenuado através de passagens em um hospedeiro diferente, até que ele perdeu completamente a sua capacidade se multiplicar no hospedeiro mamífero”, explica Flávio Fonseca, professor da UFMG e membro da Rede Vírus, em nota.

Agora, o grupo busca formas de replicar o vírus-semente, em laboratório, para atender a produção em grande escala, através do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA)

Em tese, isso pode permitir que, um dia, o Ministério da Saúde adote a vacina no Sistema Único de Saúde (SUS). Nenhum teste com humanos foi realizado até o momento, com a versão nacional.

Vacinas contra mpox

Segundo a OMS, existem duas vacinas autorizadas para o uso no combate da emergência global da mpox: o imunizante Jynneos, produzido pela farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic, e o imunizante é o ACAM 2000, fabricado pela farmacêutica norte-americana Emergent BioSolutions.

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Em ambos os casos, a capacidade de produção é baixa para atender a necessidade global por vacinas contra a doença transmitida pelo contato. Considerando a situação do continente africano, a origem da nova emergência, são necessárias 10 milhões de doses. Por isso, é tão importante a produção de novas vacinas.

Fonte: MCTI