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Cientistas conseguem imagens absurdamente nítidas de cérebros de ratos

Por| Editado por Luciana Zaramela | 19 de Abril de 2023 às 12h12

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Bilanol/Envato
Bilanol/Envato

Cientistas conseguiram produzir imagens de ressonância magnética mais nítidas que nunca. As descobertas foram publicadas na revista Proceedings of the National Academy of Sciences no último mês de março. Esse nível de detalhes sem precedentes pode representar um avanço na visualização de determinadas condições que afetam o cérebro.

Os cientistas ressaltam que as novas imagens são 64 milhões de vezes mais nítidas do que as ressonâncias magnéticas clínicas. Acontece que, assim como uma imagem bidimensional pode ser dividida em pixels, as ressonâncias magnéticas podem ser reduzidas a voxels tridimensionais constituintes. Com a nova técnica, cada voxel é 64 milhões de vezes menor do que vimos antes, medindo apenas 5 micrômetros.

Depois que a ressonância magnética foi concluída, o tecido também foi fotografado usando um método complementar chamado microscopia de folha de luz. A sobreposição de ambas as imagens permitiu que a equipe visualizasse a fiação interna e as conexões dentro do cérebro.

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O grupo defende que a possibilidade de ver o tecido cerebral dessa maneira tem o potencial de revolucionar a forma como estudamos o sistema nervoso central.

O estudo também pode trazer mudanças para a forma de analisar as doenças neurodegenerativas, através de mudanças na conectividade do cérebro à medida que o rato envelhece, mapeando como algumas regiões mudam mais do que outras. Em roedores com Alzheimer, por exemplo, a técnica permite ilustrar o colapso das redes neurais.

Estudos cerebrais em roedores

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É muito comum a comunidade científica conduzir estudos cerebrais em roedores. Em 2021, para investigar os processos que levam a perda de memória relacionada à idade, pesquisadores do Reino Unido testaram uma nova terapia em ratos e obtiveram sucesso no experimento. No estudo, a equipe usou um vírus — com a técnica do vetor viral, a mesma usada por algumas vacinas contra a covid-19.

Em 2022, um estudo "turbinou" o cérebro de roedores com células cerebrais humanas em busca de formas que ampliem o estudo de condições neurológicas, como autismo e esquizofrenia.

Fonte: Proceedings of the National Academy of Sciences via IFL Science