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Chocolate de insulina será testado para novo tratamento do diabetes

Por| Editado por Luciana Zaramela | 22 de Janeiro de 2024 às 11h47

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Kuban-Kuban/Envato Elements
Kuban-Kuban/Envato Elements

É difícil imaginar que o controle do diabetes possa ser feito através do consumo diário de chocolate, mas é exatamente isso que propõem pesquisadores da Austrália e da Noruega. A equipe internacional desenvolveu uma barra de chocolate sem açúcar e com nanopartículas de insulina. Em animais, a estratégia demonstrou ser segura e eficaz. 

O uso desta insulina já foi testado, com sucesso, em nematóides (vermes), camundongos e ratos — os roedores tinham diabetes. Mais recentemente, foi avaliado em babuínos saudáveis, como descreve o estudo publicado na revista Nature Nanotechnology

O próximo passo é testar o controle do diabetes com barras de chocolates em humanos, o que deve acontecer até 2025. Segundo os cientistas da Universidade de Tromsø (UiT) e da Universidade de Sidney, o novo remédio pode estar pronto em 2 ou 3 anos. Além da barra, o comprimido na fórmula mais tradicional também poderá ser avaliado.

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Chocolate de insulina para diabetes

Para Peter McCourt, cientista e professor da UiT, a ingestão de chocolate ou de comprimidos de insulina (por via oral) é uma estratégia bastante promissora. Inclusive, as partículas de prata são tão pequenas que não é possível visualizá-las.

“Esta forma de administrar insulina é mais precisa, porque entrega a insulina diretamente ao fígado, onde é utilizada. Considerando que quando você toma insulina com uma seringa, ela se espalha por todo o corpo, onde pode causar efeitos colaterais indesejados”, afirma McCourt, em nota.

Embora o uso de um remédio oral para a insulina seja mais vantajoso, a ciência, até então, tem dificuldade em criar um composto que não seja dissolvido no estômago — antes de chegar ao fígado. 

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Aqui, a ideia foi envolver a insulina em pequenas cápsulas de prata, o que tem impedido o hormônio de ser decomposto pelo ácido estomacal e pelas enzimas do sistema digestivo. Isso permite que chegue ao local desejado, ao menos nos testes com animais.

Controle do nível de açúcar

Outro ponto positivo é que a cápsula protetora da insulina só é decomposto por enzimas liberadas quando os níveis de açúcar estão altos no sangue. Quando o açúcar está baixo, o hormônio não é liberado, o que reduz os casos de hipoglicemia.

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Agora, é preciso seguir com os testes, mas os pesquisadores apostam que o chocolate de insulina pode ser uma estratégia promissora no combate do diabetes. Em tese, 75 dos 425 milhões dos diabéticos do mundo poderão se beneficiar do novo tratamento.

Fonte: Nature Nanotechnology e UiT