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CDC orienta que pessoas totalmente vacinadas não precisam ficar de quarentena

Por| 11 de Fevereiro de 2021 às 20h40

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Cottonbro/Pexels
Cottonbro/Pexels

Na última quarta-feira (11), o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos anunciou que pessoas que foram totalmente vacinadas contra a COVID-19 (ou seja, que tomaram as duas doses da vacina) podem pular a quarentena se forem expostas a alguém infectado com o vírus.

Isso não significa que as pessoas vacinadas devem parar de tomar precauções. Com o comunicado, o CDC quer dizer uqe simplesmente não é necessário que os vacinados fiquem isolados em casa. As informações vêm por meio de atualizações nas próprias orientações do órgão: "Pessoas totalmente vacinadas que atendem aos critérios não serão mais obrigadas a ficar de quarentena após serem expostas a alguém com COVID-19".

“Pessoas vacinadas com exposição a alguém com suspeita ou diagnóstico de COVID-19 não são obrigadas a fazer quarentena se atenderem a todos os critérios a seguir”, acrescentou o CDC ao comunicado. O único critério é que a pessoa precisa ter recebido as duas vacinas há pelo menos duas semanas desde a segunda injeção, já que o organismo normalmente leva duas semanas para  construir imunidade total após a tomada das duas doses.

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Em contrapartida, o CDC ainda não sabe quanto tempo dura a proteção, então as pessoas com mais de três meses de imunização completa ainda devem entrar em quarentena se forem expostas e, principalmente, se apresentarem sintomas. "Esta recomendação de dispensar a quarentena para pessoas com imunidade derivada da vacina se alinha com as recomendações de quarentena para aqueles com imunidade natural, o que facilita a implementação", disse o órgão.

O CDC ainda ressalta que todas as pessoas, vacinadas ou não, precisam seguir todos os outros cuidados para evitar a propagação do vírus, uma vez que é possível que até mesmo quem tomou a vacina transmita COVID-19: "Neste momento, as pessoas vacinadas devem continuar a seguir as orientações atuais para se proteger e proteger os outros, incluindo o uso de máscara, evitando multidões e espaços mal ventilados, tapando a boca durante tosses e espirros, lavando as mãos com frequência, seguindo qualquer orientação aplicável ao local de trabalho ou escola, incluindo o uso de equipamento de proteção individual ou testes para SARS-CoV-2 ", disse a agência.

Como vacinados podem transmitir coronavírus?

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No mês passado, apontamos que mesmo depois de vacinado, você precisará usar máscara. Vamos lá. O que acontece é o seguinte: as vacinas previnem a doença sintomática, mas ainda não foi demonstrado que previnam a doença assintomática. E memo assim, pessoas sem sintomas ainda podem espalhar o coronavírus. "Acredita-se que a transmissão sintomática e pré-sintomática tenha um papel maior na transmissão do que a transmissão puramente assintomática", afirmou o CDC.

A expectativa geral é que as vacinas provavelmente tenham algum efeito na transmissão, mas por ora ninguém sabe o quanto. Diferentes níveis de proteção contra a transmissão podem fazer uma grande diferença na eficácia de uma vacina para conter a pandemia.

Nas atualizações de suas orientações, o CDC reconhece que os benefícios de não forçar desnecessariamente as pessoas ao confinamento por duas semanas podem superar os riscos de transmissão nesses casos. "Esses critérios também podem ser aplicados ao considerar as restrições de trabalho para profissionais de saúde totalmente vacinados com exposições de alto risco, como uma estratégia para aliviar a escassez de pessoal. É importante notar que os profissionais de saúde expostos não seriam obrigados a fazer quarentena fora do trabalho", declarou a agência.

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"Como uma exceção à orientação acima, que não exige mais quarentena para pessoas totalmente vacinadas, os pacientes internados, vacinados e residentes em estabelecimentos de saúde devem continuar a quarentena após uma exposição a alguém com suspeita ou confirmação de COVID-19", acrescentou o CDC em suas orientações. "As unidades de saúde podem considerar a dispensa da quarentena para pacientes e residentes vacinados como uma estratégia para mitigar problemas críticos (por exemplo, falta de espaço, equipe ou EPI para cuidar com segurança de pacientes ou residentes expostos) quando outras opções não estiverem disponíveis. Essas decisões podem ser tomadas em consulta com autoridades de saúde pública e especialistas em controle de infecção", concluiu o órgão.

Por fim, é muito importante entender que essas orientações são dos Estados Unidos. No Brasil, num contexto em que a vacinação acabou de começar, ainda não temos orientações oficiais em relação à quarentena das pessoas vacinadas.

Fonte: CDC via CNN