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Casos de inflamação do coração são investigados após vacinação da COVID nos EUA

Por| Editado por Luciana Zaramela | 26 de Maio de 2021 às 18h10

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kjpargeter/Freepik
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Nos Estados Unidos, um grupo de pesquisas sobre a segurança de vacinas contra a COVID-19 investiga alguns casos de possível reação adversa aos imunizantes de mRNA (RNA mensageiro). As reações, na maioria leves, foram descritas como casos de miocardite —  uma inflamação que afeta o coração —  e foram supostamente relatadas, principalmente, após a segunda dose das fórmulas da Pfizer/BioNTech e da Moderna. 

Os casos, ainda em investigação, foram identificados, na maioria das vezes, em adultos jovens, do sexo masculino, após 4 dias da segunda dose, segundo descreveu o comitê investigativo, ligado ao Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos EUA.

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Em abril, o Ministério da Saúde de Israel também afirmou que investigava um pequeno número de casos da inflamação em pessoas que receberam o imunizante da Pfizer/BioNTech, mas não divulgaram ainda uma conclusão sobre o caso. Na época, a suposta reação foi identificada em pessoas com menos de 30 anos. 

Miocardite X Vacinação contra a COVID-19

De acordo com os primeiros dados da apuração, a miocardite é uma condição comum entre os norte-americanos. Por ano, 70 mil pessoas, são diagnosticadas com miocardite viral no país, segundo uma revisão sistemática publicada na revista científica Journal of Cardiothoracic and Vascular Anesthesia. No levantamento, a tendência da condição também era maior em homens. Até o momento, o CDC não informou o número exato de imunizados que apresentaram a condição, mas comenta que não é superior ao esperado na faixa etária analisada. 

Para entender: a miocardite é uma inflamação do músculo cardíaco e que tende a ocorrer após casos de infecção viral, como uma gripe ou um caso da COVID-19, por exemplo. Nessas pessoas, os sintomas podem variar de fadiga leve e dor no peito que desaparece por conta própria até irregularidades do ritmo cardíaco e casos de parada cardíaca. Em casos extremos, o paciente pode ir a óbito. No entanto, a maioria dos casos não desencadeia efeitos duradouros.

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Investigação do efeito adverso ainda está em andamento

Caso o vínculo entre a miocardite e a imunização contra a COVID-19 seja confirmado, "as vacinas [ainda] serão inequivocamente muito mais benéficas do que este risco muito baixo, se estabelecido de forma conclusiva", explicou o médico Amesh Adalja, da Universidade Johns Hopkins, para a Reuters.

"Nos sistemas de monitoramento de segurança dos CDCs, as taxas de notificações de miocardite na janela após a vacinação com COVID-19 não diferiram das taxas basais esperadas", destacou o comitê, em nota. Agora, os pesquisadores acompanham o quadro dos pacientes que apresentaram a reação adversa e também solicitam que médicos estejam alerta para novos casos de miocardite após a imunização feita com vacinas de mRNA. 

Para acessar a revisão sistemática de casos anuais de miocardite nos EUA, publicada em 2020, clique aqui.

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Fonte: Live Science, CDC e Reuters