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Algoritmo detecta doenças cardiovasculares ao analisar uma simples selfie

Por| 24 de Agosto de 2020 às 14h04

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Mateus Campos Felipe/Unsplash
Mateus Campos Felipe/Unsplash

Já não é mais segredo que a tecnologia e a medicina caminham lado a lado. Na cardiologia, isso não é diferente, inclusive ressaltamos isso recentemente em uma matéria em homenagem ao Dia do Cardiologista. Nesta sexta-feira (21), pesquisadores desenvolveram um novo algoritmo que pode detectar doenças cardíacas apenas analisando quatro fotos do rosto de um paciente.

Pelo que se tem conhecimento, este é o primeiro trabalho que demonstra que a inteligência artificial pode ser usada para analisar rostos para detectar doenças cardíacas. Segundo Zhe Zheng, vice-diretor do Centro Nacional de Doenças Cardiovasculares em Pequim, China, e principal autor do artigo, espera que o novo algoritmo possa ser usado para rastrear pacientes com doenças cardíacas simplesmente pedindo-lhes que tirem uma selfie.

“Este poderia ser um método barato, simples e eficaz de identificar pacientes que precisam de mais investigações. No entanto, o algoritmo requer mais refinamento e validação externa em outras populações e etnias”, admitiu o pesquisador.

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Funciona da seguinte maneira: o algoritmo procura características faciais específicas, incluindo rugas, vincos no lóbulo da orelha, manchas amarelas ao redor das pálpebras e anéis brancos nebulosos nas bordas externas da córnea. Durante testes envolvendo mais de 1 mil pacientes de nove hospitais chineses, eles descobriram que o algoritmo superou os métodos existentes que rastreiam o risco de doenças cardíacas. Acontece que a tecnologia em questão detectou 80% dos casos de doenças cardíacas e identificou corretamente se a doença cardíaca não estava presente em 61% dos casos.

A equipe observa que ainda precisa lidar com a alta taxa de falsos positivos de até 46 por cento, uma vez que isso pode ​​causar ansiedade e inconveniência aos pacientes, bem como potencialmente sobrecarregar as clínicas com pacientes que exigem exames desnecessários.

Fonte: Science Daily via Futurism