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Brasil deve receber 14 milhões de doses da vacina da Pfizer até junho

Por| Editado por Luciana Zaramela | 08 de Março de 2021 às 15h40

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 Maksim Goncharenok/ Pexels
Maksim Goncharenok/ Pexels

Nesta segunda-feira (8), o governo federal anunciou que 14 milhões de doses da vacina contra a COVID-19, desenvolvida pela farmacêutica norte-americana Pfizer e pela empresa de biotecnologia alemã BioNTech, devem chegar ao Brasil entre maio e junho deste ano. As novas doses devem acelerar a vacinação nacional contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2).

Atualmente, o Brasil imunizou de forma completa — com as duas doses necessárias da vacina — 2,1 milhões de brasileiros, segundo o vacinômetro desenvolvido pelo Ministério da Saúde. No entanto, esse cenário deve mudar com a aquisição de novas vacinas contra a COVID-19, como o plano de inclusão do imunizante da Pfizer/BioNTech. A fórmula obteve uma taxa de eficácia de 94% contra o vírus, em estudo desenvolvido em Israel.

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De acordo com o assessor especial do Ministério da Saúde, Airton Soligo, o Brasil negocia com a farmacêutica Pfizer um acordo que previa, inicialmente, duas milhões de doses da vacina para serem recebidas em maio e sete milhões em junho. Agora, as tratativas avançaram para a chegada de mais cinco milhões de doses, que seriam distribuídas entre os dois meses.

Prazo de entrega das vacinas para o Brasil

"O que é que o presidente da Pfizer garantiu ao presidente Bolsonaro hoje? A antecipação de 5 milhões do segundo semestre para maio e junho. Ou seja, dos 9 milhões que nós tínhamos previstos, se incorporarão mais 5 milhões de doses, passando para 14 milhões", afirmou o assessor especial da Saúde, após reunião entre o governo federal e o presidente mundial da Pfizer, Albert Bourla, na manhã desta segunda-feira.

Segundo Soligo, a antecipação de 5 milhões deve sair do lote de 10 milhões de doses previsto, inicialmente, para agosto. No total, o Brasil negocia a compra de 99 milhões de doses do imunizante da Pfizer/BioNTech para serem recebidos até o final deste ano.

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Além da vacina da Pfizer/BioNTech contra a COVID-19, Soligo afirmou que o governo também negocia a compra de 30 milhões de doses da vacina da Janssen, do grupo Johnson & Johnson. “O mais importante dizer que não é apenas a Pfizer. Também tem 30 milhões da Janssen, que o presidente também terá no mesmo objetivo uma reunião nesse sentido", afirmou Soligo.

Anteriormente, a Pfizer ofereceu ao governo brasileiro a possibilidade de comprar um lote de 70 milhões de doses de sua vacina, no mês de agosto do ano passado, com entrega prevista a partir de dezembro de 2020.

Vacina da Pfizer-BioNTech

Na corrida pela imunização contra o coronavírus, vale lembrar que a vacina da Pfizer/BioNTech é a única a possuir o registro definitivo de uso no país, concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em outras palavras, o imunizante com tecnologia de RNA mensageiro (mRNA) obteve a licença mais rígida e completa, diferente das vacinas CoronaVac e Covishield (o imunizante de Oxford/ AstraZeneca). As duas últimas receberam uma autorização de uso emergencial e temporária.

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Até então, um dos grandes desafios para a distribuição e o sucesso da vacinação contra o novo coronavírus com o imunizante da Pfizer/BioNTech era a congelante temperatura de armazenamento (de -70 °C). No entanto, a Pfizer já anunciou que a fórmula continuava estável em temperaturas que variam entre -15 °C a -25 °C por até duas semanas, condição que pode se obtida através de freezers comuns.

A questão do armazenamento era um dos maiores entraves para adoção do imunizante no Brasil, já que a rede de frios brasileira não suportaria uma campanha nacional com essa demanda de armazenamento. Apenas centros urbanos teriam condição de armazenar as doses, segundo especialistas. Isso porque seriam necessários freezers especiais, mas agora, equipamentos de refrigeração comuns poderiam armazenar o produto de forma estável.

Para conferir o vacinômetro do Ministério da Saúde e a aplicação de doses das vacinas contra a COVID-19 na população brasileira, clique aqui.

Fonte: G1