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Fiocruz vai começar produção em grande escala da vacina de Oxford

Por| Editado por Jones Oliveira | 08 de Março de 2021 às 14h35

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Tânia Rêgo/Agência Brasil
Tânia Rêgo/Agência Brasil

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) está iniciando a produção em larga escala da vacina de Oxford/AstraZeneca. A expectativa é de entregar 3,8 milhões de doses até o final de março, chegando a 30 milhões em abril e com 100 milhões ainda neste primeiro semestre de 2021. Todas serão entregues ao governo federal e usadas no Programa Nacional de Imunizações (PNI).

O anúncio desta segunda-feira (8) marca a aprovação da Fiocruz nos testes de estabilidade e consistência, motivos, também, do atraso em uma fabricação em massa que já deveria ter começado no início deste mês. Problemas em equipamentos responsáveis pelo processamento dos imunizantes e lacre dos frascos que contêm a vacina teriam sido os responsáveis pelo atraso, de acordo com apurações da imprensa nacional, mas os detalhes sobre os casos não foram confirmados pela fundação.

Segundo reportagem do jornal O Globo, os lotes de validação dos processos de fabricação deveriam ter sido entregues à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em 18 de fevereiro, mas não haviam sido encaminhados até, pelo menos, o final da última semana. Além das citadas falhas nos equipamentos de processamento, os problemas na liberação de ingredientes farmacêuticos ativos (IFAs), vindo da China e essenciais para a produção do imunizante, também levaram aos sucessivos atrasos.

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No início de fevereiro, também, foi divulgada a notícia de que o primeiro lote da solução, com 90 litros, não era suficiente para produzir as 7,5 milhões de doses que estavam, inicialmente, no calendário do Ministério da Saúde e deveriam ser distribuídas neste começo de março. Agora, foi confirmado um total de 3,8 milhões de unidades que, como dito, devem ser distribuídas pelo governo federal até o final deste mês.

Em declaração, o vice-presidente de produção e inovação em saúde da Fiocruz, Marco Krieger, definiu o assunto como uma guerra que, após a observação minuciosa de vários parâmetros, foi finalizada. De acordo com os critérios de testagem, é preciso que a fundação realize três produções seguidas e independentes de vacinas, de forma regular, para que a consistência possa ser verificada. Entre os aspectos analisados estão a quantidade de vacinas colocada em cada frasco, a possibilidade de contaminação das doses e a temperatura, umidade e pressão dos ambientes onde o processo está acontecendo.

A ideia da Fiocruz é trabalhar, inicialmente, com um volume de 600 mil a 700 mil doses produzidas diariamente, um ritmo que será acelerado até chegar a uma capacidade de 1,2 milhão de unidades ao dia. O anúncio oficial da produção das vacinas de Oxford/AstraZeneca pelo Ministério da Saúde deve acontecer ainda nesta segunda-feira, enquanto governos estaduais cobram respostas do governo federal sobre o atraso na entrega dos imunizantes. O ministro Eduardo Pazuelo deve visitar a unidade de Bio-Manguinhos, onde acontece a fabricação, ao lado do governador do Piauí, Wellington Dias.

Além disso, a expectativa é de que o imunizante da Oxford/AstraZeneca receba o registro definitivo para utilização, emitido pela Anvisa, ainda neste mês. A autorização para uso emergencial foi concedida originalmente em fevereiro, o que permitiu o início da aplicação do imunizante na população. A Fiocruz também aguarda, ainda, os resultados de um teste de estufa, que comprovará se as doses são capazes de permanecerem estéreis, ou seja, sem contaminação, após um certo período a 37 graus de temperatura.

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Fonte: Folha de S. Paulo, O Globo