Publicidade

Bebê sobrevive fora do útero em caso raríssimo

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

Compartilhe:
vladimirzotov/envato
vladimirzotov/envato

Uma francesa de 37 anos foi ao hospital com cólicas abdominais e descobriu que estava grávida. Embora houvesse um bebê de 23 semanas, o útero estava completamente vazio: o feto ficou na membrana que reveste a cavidade abdominal. Esse caso raro foi relatado na revista New England Medical Journal, no último dia 14.

Os médicos atribuíram ao caso o diagnóstico de gravidez ectópica abdominal. Com 29 semanas, o bebê nasceu cirurgicamente e foi colocado em terapia intensiva neonatal. Cerca de dois meses após o parto, a criança recebeu autorização para voltar para casa.

A equipe diz que na maioria desses casos de gravidez ectópica, o embrião ocupa o revestimento de uma das duas trompas que canalizam os óvulos, resultando numa situação potencialmente fatal caso o continue a crescer. 

Canaltech
O Canaltech está no WhatsApp!Entre no canal e acompanhe notícias e dicas de tecnologia
Continua após a publicidade

Os autores do estudo alertam que, sem cuidados médicos adequados, até 10% dessas gestações podem custar a vida da criança e até mesmo da mãe.

Entretanto, em menos de 1% dos casos, o embrião sai completamente do ambiente interno do útero e entra na cavidade abdominal, onde se instala contra a membrana peritoneal, baço ou algum outro tecido ou órgão, e forma uma espécie de placenta.

O relatório tem uma teoria por trás desse caso tão incomum: o histórico médico da paciente, que ao longo de sua vida passou por dois partos e  um aborto espontâneo. O artigo finaliza dizendo que tanto a mãe quanto a criança estavam relativamente bem quando saíram do hospital.

Bebês raros da medicina

É frequente que relatórios médicos conquistem destaque entre as publicações científicas com casos raros como este. No último mês de novembro, por exemplo, veio à tona o caso de uma mulher com dois úteros que espera um bebê em cada. O nascimento dos bebês está previsto para o dia 25 de dezembro, inclusive!

Mas não faltam situações excêntricas, como o caso do bebê que nasceu com "irmão gêmeo" dentro do próprio estômago e o bebê que nasceu com dois pênis e sem ânus.

Fonte: New England Medical Journal