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Caso extremamente raro: bebê nasce com cauda de 6 cm no Brasil

Por| Editado por Luciana Zaramela | 21 de Fevereiro de 2023 às 14h09

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Nestea06/Envato
Nestea06/Envato

No Brasil, uma bebê nasceu com uma cauda de aproximadamente 6 centímetros. Dentro da obstetrícia — a especialidade médica que cuida da gestação —, o acontecimento é considerado bastante raro e não existem estatísticas sobre o número de casos globais da condição. Menos de 200 casos de "rabos" em crianças foram descritos em estudos científicas.

O caso bastante atípico de nascimento da bebê com cauda ocorreu no interior do estado de São Paulo, próximo à cidade de Jundiaí. A paciente foi atendida pelos médicos do hospital infantil Grupo em Defesa da Criança Com Câncer (Grendacc) e a cauda foi cirurgicamente removida, segundo o relato de caso, publicado na revista científica Journal of Pediatric Surgery Case Reports.

Vale lembrar que episódios raros como este já foram identificados em outros lugares do Brasil, como o relato de caso de Fortaleza, onde a cauda do bebê media 12 cm. Mais recentemente, um bebê no México também nasceu com a condição, mas a sua cauda era peluda.

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Alerta para imagem sensível! Durante o texto, compartilhamos uma foto da cauda do bebê, na qual a identidade da criança não é exposta e foi publicada no próprio relato de caso.

Como era a cauda de bebê brasileira?

Conforme revela a equipe médica, foi possível identificar a presença da cauda na bebê durante o pré-natal (antes mesmo do nascimento). Não existia nenhum histórico na família de ocorrências do tipo e a mãe não foi exposta a drogas durante o período da gestação.

Após o nascimento, os médicos confirmaram a existência da cauda de 6 cm, recoberta por pele e crescendo a partir da região lombossacral. Segundo a equipe, a estrutura era composta por um tecido adiposo, "sem musculatura, cartilagem ou osso, conforme observado na ressonância magnética".

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"Rabo" pode ser associado com outros problemas de saúde?

Oficialmente, o caso é descrito como uma pseudocauda humana associada ao disrafismo medular — condição que ocorre quando a coluna e a medula espinhal não se formam adequadamente na gestação. Segundo os autores, a relação entre as duas condições é relativamente comum. "Os apêndices caudais estão associados a outra anomalia congênita em quase 30% dos casos, sendo os disrafismos os mais comuns", explicam.

"O acompanhamento, feito por equipe multidisciplinar, é essencial para monitorar [outras] associações específicas, como disfunção da bexiga, e os resultados a longo prazo, tendo em vista a infrequência dessa anomalia", afirmam os pesquisadores. Por exemplo, a criança nasceu sem nenhum tipo de problema neurológico.

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Hoje, a menina tem 3 anos e continua a ser acompanhada pelos médicos, caso possíveis desdobramento da condição sejam descobertos. Além disso, a estrutura removida não afetou a capacidade de locomoção da paciente.

Fonte: Journal of Pediatric Surgery Case Reports