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Bebê recebe transplante de intestino de um doador falecido pela 1ª vez no mundo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 11 de Outubro de 2022 às 15h46

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Nestea06/Envato
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Na Espanha, uma bebê de 13 meses recebeu o primeiro transplante de intestino de outra criança falecida no mundo. O feito é histórico por causa da técnica usada na preservação do órgão. O intestino foi obtido através de uma “assistolia” controlada. Isso significa que o intestino foi preservado imediatamente após o óbito do paciente (sem batimentos cardíacos).

A cirurgia de transplante na bebê Emma foi realizada no Hospital Universitário La Paz, em Madri. Antes da doação de intestino, a paciente sofria com um tipo grave insuficiência intestinal — a condição impedia que ela absorvesse os nutrientes de forma adequada. Passar pelo transplante era o último tratamento disponível para seu caso, apesar dos riscos.

Hoje, a bebê está com a saúde estável e a equipe médica acompanha a adaptação da paciente com o novo intestino. O objetivo é que ela finalmente ganhe autonomia digestiva e não precise passar por nenhum procedimento na hora de se alimentar.

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Como a bebê recebeu o primeiro transplante de intestino do tipo de um doador falecido no mundo?

Segundo a Fundación Mutua Madrileña, cerca de 30% dos candidatos a transplante de intestino morrem enquanto aguardam na lista de espera. Até então, a doação de intestino em assistolia nunca havia sido utilizado em crianças, por ser considerado inválido pelas características especiais desse órgão — como as bactérias que se proliferam após a morte. Com o feito, o número de doações deve aumentar.

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Para entender, diferente da doação tradicional de órgãos, este tipo de doação permite que mais doadores pediátricos sejam incorporados ao sistema de saúde e ajudem a salvar outras vidas, incluindo indivíduos que nunca terão morte encefálica (cerebral) confirmada.

Nesses casos, é necessário que alguns procedimentos específicos sejam adotados, como o uso de uma bomba de perfusão normotérmica na assistolia controlada. A técnica envolve e aplicação e a manutenção das taxas de oxigênio no corpo do paciente ao morrer, o que evita a deterioração do órgão, tornando-o saudável para a doação.

No hospital espanhol, a doação sem batimentos cardíacos foi usada pela primeira vez em 2014 em adultos e, em setembro de 2021, em crianças. No entanto, este é o primeiro a envolver o transplante de intestino.

Fonte: El Mundo e Fundación Mutua Madrileña