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Anvisa autoriza registro da vacina de Oxford e libera Remdesivir contra COVID-19

Por| Editado por Claudio Yuge | 12 de Março de 2021 às 15h00

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HwangMangjoo/Rawpixel
HwangMangjoo/Rawpixel

Nesta sexta-feira (12), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou o registro do antiviral Remdesivir, que passa a ser o primeiro medicamento aprovado para uso em pacientes hospitalizados por COVID-19. Nesta data, a agência também aproveitou para trazer o registro sanitário definitivo da vacina produzida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford.

Para quem não está familiarizado, o Remdesivir é um medicamento sintético produzido pela biofarmacêutica Gilead Sciences e administrado de forma intravenosa. Na prática, ele impede a replicação viral. Com o registro, o Remdesivir passará a ser administrado em pacientes com pelo menos 12 anos de idade e 40 kg, hospitalizados com quadro de pneumonia e carentes de administração suplementar de oxigênio, mas sem ventilação mecânica.

Vale lembrar que esse medicamento pode ser armazenado em temperatura ambiente e tem prazo de validade de 36 meses, e é utilizado nos casos hospitalizados da COVID-19 por cinco a dez dias. Anteriormente, os profissionais da área da saúde utilizavam o Remdesivir para tratar Hepatite C e Ebola.

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Segundo o gerente geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da própria Anvisa, Gustavo Mendes, o medicamento em questão não é vendido em farmácia e pode ser utilizado apenas com supervisão médica. "É uso restrito pelos hospitais para que os pacientes possam ser adequadamente monitorados", afirmou. Enquanto isso, o especialista em Regulação e Vigilância Sanitária da agência, Raphael Sanches, afirmou que "ainda restam algumas pendências" em relação ao remédio, como o comportamento do insumo farmacêutico ativo. Ainda assim, segundo ele, a segurança e eficácia já foram comprovadas.

Vacina de Oxford/AstraZeneca

Outra novidade trazida pela agência nesta sexta-feira foi o registro definitivo da vacina da AstraZeneca/Oxford contra a COVID-19 com etapa de fabricação no Brasil. Isso faz com que a intitulada Covishield passe a ser a segunda a conquistar esse registro sanitário definitivo no país. Lembrando que o uso emergencial já tinha sido liberado em janeiro. O primeiro registro definitivo foi dado para a vacina da Pfizer, em 23 de fevereiro, mas ela não tem acordo com o governo ou distribuição no Brasil. Pelo menos por enquanto.

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A estimativa é que sejam entregues, até o final de março, 15 milhões de doses da vacina para o Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde. Até julho, a expectativa envolve o número de doses apontando 100,4 milhões.

Em fevereiro, o Canaltech contatou um infectologista justamente para tirar todas as dúvidas sobre essa vacina. Na ocasião, ele esclareceu que o imunizante utiliza um vírus inativado, o adenovírus, como vetor de parte do material genético do SARS-CoV-2, que produz a proteína que gera a resposta imune, e que a única contra-indicação absoluta é ter história de alergia grave a um dos componentes da vacina.