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COVID-19: antiviral remdesivir é aprovado para testes no Brasil e na Europa

Por| 25 de Junho de 2020 às 20h15

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O Brasil já pode começar a fazer testes com o remdesivir, medicamento antiviral, no tratamento de pacientes com a COVID-19, segundo declaração feita pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) nesta quarta-feira (25).

A Anvisa anunciou ainda que o estudo que será realizado no país será de fase 3, que envolve a observação de pacientes que estão sendo tratados com o medicamento. Receberão a droga pessoas que já estão hospitalizadas com quadro de pneumonia grave provocada pelo novo coronavírus, divididas em dois grupos.

O primeiro será tratado com o remdesivir combinado com outro medicamento chamado tocilizumabe, que atua no organismo como imunoregulador e é usado contra a artrite reumatoide. Já o segundo grupo receberá o remdesivir administrado com um placebo. A ideia é que no Brasil, segundo autorização solicitada pela empresa PPD do Brasil Suporte a Pesquisa Clínica Ltda, 105 pacientes passem pelo teste.

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Aprovação na Europa

O remdesivir também recebeu a aprovação da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), que agora poderá ser receitado para pacientes diagnosticados com a COVID-19, necessitando de respiração mecânica, e que tenham a partir de 12 anos de idade. Cabe à Comissão Europeia finalizar a autorização de forma burocrática, o que deve acontecer em até uma semana. Uma vez aprovada, a indicação da droga estará vigente a 27 países e será válida por um ano.

Como ainda não há a comprovação de que o medicamento seja realmente efetivo contra a COVID-19, a empresa fabricante Gilead, farmacêutica norte-americana, precisa informar à União Europeia os resultados dos testes do remdesivir, assim como seus efeitos colaterais, até dezembro. 

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Para que serve o remdesivir?

O Remdesivir é um antiviral desenvolvido para o combate da ebola, mas que já apresentou resultados positivos no tratamento de outros tipos de coronavírus, responsáveis pelas doenças SARS e MERS. Nos Estados Unidos, o medicamento já vem sendo itulizado para pacientes graves da COVID-19, logo após a autorização do FDA, órgão regulador do país que funciona como a Anvisa aqui no Brasil.

De acordo com a FDA, o critério usado para a aprovação da droga foi um estudo realizado pelo Instituto Nacional Americano de Saúde (NIH), que conduziu testes em 1.063 pacientes não só dos Estados Unidos, como da Ásia e da Europa. O resultado mostrou que pessoas tratadas com o remdesivir se recuperaram cerca de quatro dias antes daqueles que não receberam o medicamento. No início de junho, a Coreia do Sul e a Índia também começaram os testes com o remédio.

Fonte: UOL, Reuters