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Anticorpos das vacinas são 17x mais potentes que os da covid-19, diz estudo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 17 de Fevereiro de 2022 às 10h40

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iLexx/Envato Elements
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Uma equipe de cientistas norte-americanos descobriu que os anticorpos desencadeados pelas vacinas de mRNA — como a da Pfizer/BioNTech e da Moderna — podem ser mais eficientes em neutralizar o vírus da covid-19 e suas variantes do que ter imunidade natural. É o que apontou uma pequena pesquisa feita em laboratório.

Publicado na revista Scientific Reports, o estudo foi liderado por pesquisadores do Instituo Nacional do Câncer dos Estados Unidos. "Nossos dados indicam que a vacinação com mRNA pode gerar mais anticorpos neutralizantes do que a imunidade natural", afirma os autores.

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Além disso, a pesquisa ainda sugere "uma potencial necessidade de manter altos níveis de anticorpos para controlar as variantes mais infecciosas do SARS-CoV-2", comentam os cientistas responsáveis pelo estudo.

Estudo sobre a potência dos anticorpos

Durante o estudo in vitro, os pesquisadores selecionaram 61 voluntários, sendo que 33 contraíram a covid-19 — independente do período em que se infectaram — e os outros 28 receberam duas doses de uma vacina de mRNA. Foram coletadas amostras do sangue de cada um dos participantes. A ideia era comparar a concentração de anticorpos após a vacinação e a infecção.

Segundo a equipe de cientistas, aqueles que foram vacinados tiveram um aumento de 17 vezes no número de anticorpos neutralizantes quando comparados ao grupo de imunidade natural. Também foi possível identificar um aumento de 30 vezes em relação a um terceiro grupo recém-diagnosticado com a covid-19.

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Para o grupo, esse aumento no número de anticorpos se traduziu em uma melhora semelhante na neutralização do vírus. Por isso, os anticorpos induzidos pela vacinação parecem ser mais eficazes na neutralização da covid-19.

No entanto, o estudo de laboratório não investigou, na prática, como essa imunidade se traduz para a vida real (ensaios clínicos). Além disso, outros tipos de defesas são produzidos pelo organismo, como as células T de memória, que não foram consideradas no levantamento.

Publicado na revista Science Immunology, outro recente estudo descobriu a melhor forma de se desenvolver uma "superimunidade", ou seja, a capacidade de produzir uma resposta robusta do sistema imunológico. Para isso, a pessoa deve ser imunizada antes ou após a infecção, o que turbina de forma significativa estas defesas do organismo.

Fonte: Scientific Reports