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"Superimunidade": dá para obter mais proteção contra covid, mas há um porém

Por| Editado por Luciana Zaramela | 27 de Janeiro de 2022 às 14h40

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IciakPhotos/Envato Elements
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Cientistas norte-americanos investigaram as melhores formas de desenvolver uma "superimunidade" contra a covid-19, ou seja, a capacidade de produzir uma resposta robusta do sistema imunológico. A descoberta foi que a vacinação antes ou após a infecção do coronavírus SARS-CoV-2 turbina de forma significativa estas defesas do organismo.

Publicado na revista Science Immunology, o estudo foi desenvolvido por cientistas do Oregon Health & Science University (OHSU), nos Estados Unidos. Para a pesquisa, foram selecionados 104 voluntários vacinados contra a covid-19. Estes foram divididos em três grupos: 42 vacinados sem infecção pelo coronavírus, 31 vacinados após infecção e 31 infectados depois da vacinação.

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Segundo os autores do estudo, as pessoas vacinadas que contraíram a covid-19 e as pessoas que se infectaram pelo coronavírus e foram imunizadas depois apresentam uma melhor proteção imunológica do que quem apenas recebeu a vacina. Esta vantagem da imunidade híbrida foi chamada, popularmente, de "superimunidade" — e o curioso é que a ordem dos fatores não altera o resultado. Mas há um porém: pegar covid propositalmente não é, de maneira alguma, indicado pelos cientistas.

Por que infectar-se de propósito não é boa ideia?

Ainda assim, optar por pegar covid de propósito não é uma boa opção, dados os riscos de, mesmo assim, desenvolver quadros moderados a severos da doença. Mesmo os indivíduos com este alto grau de proteção podem apresentar riscos de morte em caso da infecção, já que outros fatores devem ser considerados.

Ainda, é preciso destacar que as pessoas não foram imunizadas enquanto estavam com a covid-19, mas tiveram a infecção em algum momento antes ou depois da vacinação.

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Entenda os dados sobre a "superimunidade"

"A resposta imunológica medida no soro sanguíneo revelou anticorpos mais abundantes e eficazes do que a imunidade gerada apenas pela vacinação", afirmam os pesquisadores no estudo. Na comparação, os anticorpos eram mais abundantes e pelo menos 10 vezes mais potentes em comparação com a proteção conferida somente pelas vacinas.

"Nossos dados sugerem que a exposição adicional ao antígeno da infecção natural aumenta substancialmente a quantidade, qualidade e amplitude da resposta imune humoral [composta por anticorpos], independentemente de ocorrer antes ou após a vacinação", comentam os autores.

Isso ocorre porque "a imunidade da infecção natural por si só é variável. Algumas pessoas produzem uma resposta forte e outras não”, explica Marcel Curlin, um dos autores do estudo e professor associado da OHSU. Por outro lado, "a vacinação combinada com a imunidade à infecção quase sempre fornece respostas muito fortes”, explica em comunicado.

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Vale destacar que o estudo foi feito antes do surgimento da variante Ômicron (B.1.1.529), mas é possível que as respostas imunes híbridas sejam semelhantes contra esta nova cepa, mesmo sendo considerada altamente transmissível. Agora, mais estudos são necessários.

Fonte: Science Immunology