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Anticoncepcional: dosagem de hormônios pode ser reduzida sem alterar eficácia

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Johnstocker/Envato Elements
Johnstocker/Envato Elements

Na última quinta-feira (13), um estudo sugeriu que a dosagem de hormônio presente nas pílulas anticoncepcionais pode ser reduzida, sem comprometer a eficácia. Assim, fica possível diminuir os potenciais efeitos colaterais.

A equipe de pesquisadores coletou informações sobre os níveis de hormônios hipofisários e ovarianos de 23 mulheres, e usou esses dados para criar um modelo matemático do ciclo menstrual normal, permitindo prever os níveis diários de hormônios durante um ciclo menstrual e explorar os efeitos da administração de hormônios exógenos nesses níveis.

Os pesquisadores relembram que os métodos anticoncepcionais mais comuns introduzem hormônios sintéticos estrogênio e progesterona na corrente sanguínea para prevenir a gravidez, e através da técnica estabelecida no estudo, foi possível prever a dose mínima desses hormônios necessária para obter contracepção e os efeitos da combinação de estrogênio e progesterona.

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A modelagem sugere que as pílulas anticoncepcionais podem funcionar efetivamente com doses muito mais baixas de estrogênio ou progesterona do que as atualmente prescritas.

Dosagem de hormônios pode ser reduzida

“Os resultados mostram que é possível reduzir a dose total em 92% na monoterapia com estrogênio e 43% na monoterapia com progesterona", diz o estudo. Quando ambos os hormônios são combinados, doses ainda mais baixas de cada hormônio podem ser suficientes para prevenir a gravidez.

A ideia é investigar mais a fundo essa descoberta por meio de futuros estudos, sob a premissa de melhorar os anticoncepcionais atuais, uma extrema necessidade, considerando os sérios efeitos colaterais, como trombose venosa profunda.

Anteriormente, cientistas norte-americanos divulgaram a descoberta de uma forma de usar anticorpos para agirem como um novo anticoncepcional feminino, sendo 99,9% eficaz para "capturar" os espermatozoides. Trata-se de um método sem hormônio, que usa anticorpos para "cancelar" espermatozoides.

Fonte: PLOS Computational Biology via Science Alert