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Anticoncepcional masculino: pesquisa brasileira descobre nova alternativa

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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 iLexx/envato
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Para ampliar o leque de alternativas que impeçam uma gravidez, uma equipe de cientistas brasileiros investiga formas de desenvolver um anticoncepcional masculino. A ideia é que o futuro remédio consiga atrapalhar e reduzir a mobilidade dos espermatozoides. Com isso, seria possível barrar a fertilidade dos homens de forma temporária.

Publicado na revista científica Molecular Human Reproduction, o estudo para o novo tipo de anticoncepcional foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e contou com o financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

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Especificamente, a equipe investigou formas de controlar e compreender a proteína Eppin, responsável por regular a capacidade de movimentação do espermatozoide. Ela pode esconder a resposta para o controle da fertilidade masculina.

Estudando o movimento dos espermatozoides

A partir de experimentos em camundongos, os cientistas conseguiram compreender como a Eppin funciona. A vantagem é que a atividade da proteína é semelhante tanto nos roedores quanto nos seres humanos.

“Ela tem um papel muito importante no controle da motilidade temática por interagir com outras proteínas que, agora, estão no sêmen. E essas proteínas, ao interagirem com a Eppin, promovem o controle da motilidade”, explica Erick José Ramo da Silva, professor do Departamento de Biofísica e Farmacologia da Unesp e um dos autores do estudo, para a Agência Brasil.

Com a ejaculação, o espermatozoide precisa nadar para chegar ao óvulo e fazer a fecundação. No entanto, antes de serem expelidos do corpo, os espermatozoides não estão em movimento. “Quem impulsiona o espermatozoide para dentro é o próprio processo de ejaculação. Somente depois de alguns minutos da ejaculação é que o espermatozoide vai adquirir a motilidade progressiva para seguir a jornada dele”, conta o professor.

Planejando um anticoncepcional masculino

“Estudamos como essas proteínas interagem para entender como elas interrompem a motilidade para podermos pensar estratégias farmacológicas, usando um composto, um princípio ativo, que pudesse incisar essa relação que naturalmente acontece”, explica o pesquisador.

Agora, o desafio é entender como as proteínas mantêm os espermatozoides parados e depois ativam a movimentação dessas células. Por isso, a nova etapa da pesquisa buscará compostos ou moléculas que possam atuar nos pontos identificados pelo estudo capazes de afetar a mobilidade dos espermatozoides. Neste momento, cientistas da Inglaterra, de Portugal e da Universidade de São Paulo (USP) passam a contribuir com as investigações.

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Fonte: Molecular Human Reproduction e Agência Brasil