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Anti-inflamatório pode reduzir a mortalidade pela COVID-19 em 38%, aponta estudo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 09 de Agosto de 2021 às 12h25

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HalGatewood/Unsplash
HalGatewood/Unsplash

De acordo com um novo estudo realizado no Brasil, um medicamento de efeito anti-inflamatório ultilizado para artrite reumatoide pode ser essencial para o combate da COVID-19. A pesquisa, comandada pelo infectologista Adilson Cavalcanti no Hospital Anchieta de São Bernardo do Campo, em São Paulo, mostra que o baricitinibe reduziu em 38% a mortalidade pelo coronavírus, ou seja, com essa redução, é capaz de salvar um a cada 20 pacientes internados pela forma grave da doença.

Os estudos, que foram feitos em 12 centros clínicos de todo o Brasil, revelaram que o medicamento possui poder de controle do processo inflamatório desencadeado pelo SARS-CoV-2. O baricitinibe foi testado em 1.525 voluntários, que receberam o anti-inflamatório junto a outros medicamentos, como corticoides (como a dexametasona) e ventilação mecânica quando era preciso.

Vale lembrar que mortalidade é um índice epidemiológico resultante da relação entre o número de mortos de um grupo por determinada doença, dentro de um período predeterminado. A conta pode ser entendida de maneira simplificada: basta dividir o número de pessoas que morrem de COVID-19 pelo número total de pessoas na população do local para chegar a esse resultado.

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Dentro do grupo, parte recebeu o anti-inflamatório com outros remédios e outros apenas um placebo. Os cientistas também analisaram a resposta do remédio em pacientes que precisaram da ventilação mecânica, mostrando que, nesse grupo, a redução da mortalidade foi de 46%. O medicamento, no entanto, não foi capaz de frear a doença já nesse estágio.

Nos Estados Unidos, o medicamento já recebeu autorização provisória do órgão regulador FDA (Food and Drug Administration) em 28 de julho, e por aqui a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) pode dar respostas sobre o pedido nos próximos dias, segundo informações obtidas pelo jornal O Globo.

Vale reforçar que o estudo ainda está na fase preliminar e deve ser publicado em alguma revista científica em breve. A pesquisa contou com o patrocínio da empresa multinacional Eli Lilly, responsável por fabricar o medicamento anti-inflamatório.

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Fonte: O Globo, Secretaria de Saúde de MG