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Ambiente familiar pode ter influência no risco de alcoolismo

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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O alcoolismo tem sido utilizado como objeto de estudo por parte de especialistas de diversas áreas, e algumas dessas pesquisas revelam que o ambiente familiar pode aumentar o risco de uma pessoa cair nesse vício. Em dezembro, por exemplo, vimos a possibilidade da influência genética

Na ocasião, os cientistas da Penn State College of Medicine revelaram que 2.468 variantes genéticas estão ligadas ao alcoolismo e ao tabagismo. E para ser mais específico, a equipe encontrou 849 variantes ligadas à quantidade de álcool que uma pessoa bebe por semana.

O que acontece é que o consumo de álcool está ligado a um gene chamado ECE2, envolvido no processamento da molécula neurotensina, que regula a sinalização de dopamina (um dos neurotransmissores, ou seja: a química do cérebro).

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Já um estudo disponibilizado pela HHS Public Access aponta que algumas das características que esses genes influenciam (como a forma como o corpo processa o álcool) pode exercer um papel no risco de alcoolismo.

Se o metabolismo do álcool estiver prejudicado, beber pode ser fisicamente desagradável, causando náuseas e dores de cabeça. Ter esta característica reduz o risco de alguém ter transtorno por uso de álcool, já que é menos provável que beba muito ou sequer comece a beber.

Ambiente familiar e alcoolismo

No entanto, também é importante levantar o alerta de que nem tudo é genética: um estudo publicado no periódico The American Journal of Psychiatry afirma que se alguém é criado em uma família onde beber excessivamente é normal e tem associações positivas com o álcool, é mais provável que experimente.

A exposição a traumas infantis também aumenta o risco de uma pessoa ficar viciada no álcool. Uma teoria apresentada na revista Alcohol Research Current Reviews é que o trauma no início da vida aumenta a resposta do cérebro ao estresse, e como o álcool é frequentemente usado para lidar com a situação, sentir mais estresse pode levar as pessoas a beber mais.

Além do ambiente familiar e da genética, a idade em que alguém começa a beber também parece fazer a diferença no risco, de modo que 16% das pessoas que experimentam álcool pela primeira vez entre as idades de 11 e 12 anos desenvolveram dependência, em comparação com apenas 1% das que começam a beber aos 19 anos.

Fonte: HHS, Alcohol Research Current Reviews, The American Journal of Psychiatry