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Acionista da Apple, Warren Buffett surpreende com polêmica dieta aos 94 anos

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USA International Trade Administration/Domínio Público
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Nesta semana, voltou a viralizar a polêmica dieta do bilionário norte-americano Warren Buffett, CEO da Berkshire Hathaway e acionista da Apple (através de sua empresa de investimentos), com 94 anos. Entre suas falas, o guru dos mercados já disse que praticamente vivia à base de Coca-Cola e de McDonald's, ou seja, da dupla refrigerante e junk food (comida rica em calorias e de baixa qualidade nutritiva). 

Com um patrimônio de US$ 148,1 bilhões (cerca de 877 bilhões de reais, na conversão direta), Warren Buffett é bem menos conhecido por sua preferência por refrigerantes do que por suas habilidades no mercado de ações. Entretanto, vale entender o porquê do bilionário ser uma exceção quando se fala em longevidade e qualidade de vida.

A história por trás da dieta do bilionário e acionista da Apple é oposta aos preceitos de Bryan Johnson, o homem que quer voltar aos 18 anos através de uma dieta totalmente natural, muito exercício físico e procedimentos questionáveis (como transfusões de sangue). Ambos representam dois extremos.

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Polêmica dieta do acionista da Apple de 94 anos

"Verifiquei as tabelas atuariais [usadas para calcular as probabilidades de eventos futuros] e a menor taxa de mortalidade é entre crianças de 6 anos, então decidi comer como uma criança de 6 anos", contou Buffett para a revista Fortune, em 2015. "É o caminho mais seguro que posso seguir", acrescentou.

Além disso, o acionista da Apple afirmou tomar três latinhas de Coca-Cola durante o dia e duas à noite, sempre que possível, optando pelo sabor de cereja. “Se eu comer 2700 calorias por dia, um quarto disso é [composto por] Coca-Cola”, detalhou.

No documentário Como ser Warren Buffett, de 2017, o investidor dá detalhes de como é o seu café da manhã, o que envolve passar no McDonald’s ou consumir outro tipo de junk food. Isso envolve bacon, salsicha e ultraprocessados.

Voltando no tempo, em 2014, viralizou um depoimento sobre como o bilionário usava o sal das refeições. "Quando a comida chega, Warren pega um saleiro na mão esquerda e outro na direita, e é uma tempestade de neve", divulgou o site Bloomberg. A combinação é altamente danosa para a saúde do corpo.

Dieta com refrigerante e junk food faz bem?

Para entender, uma dieta rica em sal, junk food e refrigerantes pode trazer sérios riscos à saúde. Por exemplo, o consumo excessivo de sal está associado ao aumento da pressão arterial, que é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares (como infarto e derrame).

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Com alto teor de gordura e calorias, a junk food pode favorecer o aumento do peso corporal, obesidade clínica e até problemas metabólicos, como diabetes tipo 2 e colesterol alto. No caso do açúcar dos refrigerantes, há o risco de doenças como diabetes e até esteatose hepática.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a ingestão de açúcar deve ser de no máximo 10% das necessidades totais de energia (calorias), mas o ideal é que seja de menos de 5%. É algo próximo de uma latinha de refri.

Warren Buffett é exceção e não a regra

De fato, se o acionista da Apple segue até hoje a dieta que propaga em entrevistas e no imaginário popular (algo que nunca saberemos), Warren Buffett é uma das maiores exceções no campo da longevidade.

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Nascido em 30 de agosto de 1930, ele já completou 94 anos, mesmo com uma dieta rica em calorias e pobre em nutrientes. A sua idade é bem diferente da expectativa de vida comum dos homens nos EUA, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Em média, os norte-americanos vivem cerca de 74,8 anos.

Para explicar como ele pode estar tão perto dos 100 anos, é preciso ver outros fatores além da alimentação, como os fatores genéticos, a questão da atividade física e o estímulo intelectual. O meio é um fator muito importante quando se pensa na expectativa de vida e, com os seus recursos, ele possui acesso à saúde de qualidade e médicos especialistas, quando necessário. Isso faz dele algo bem distante da regra e, para a maioria das pessoa, não valerá a pena seguir a sua dieta.

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Fonte: Fortune, Bloomberg, Forbes, OMS  

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