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X/Twitter não permite mais anúncios políticos no Brasil

Por  • Editado por Douglas Ciriaco |  • 

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Rubaitul Azad/Unsplash
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Depois do Google Ads, é a vez do X (ex-Twitter) vetar anúncios políticos no Brasil. Silenciosamente, a rede social de Elon Musk retirou o país da lista de países que permitem publicidade com referência a candidato, partido, eleição e afins. A mudança foi reportada pelo jornal Folha de S.Paulo e confirmada pelo Canaltech nesta sexta-feira (3).

X veta anúncios de conteúdo político no Brasil

A alteração aparece na página “Conteúdo político” do X Negócios, portal da plataforma para a oferta de anúncios. Nesse documento, os dirigentes da rede expõem as regras ao veicular propagandas políticas no ex-Twitter.

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Segundo o periódico, até terça-feira (29), o Brasil aparecia na lista de locais autorizados a trabalhar “anúncios de conteúdo político”. Essa relação é voltada a “anúncios que fazem referência a um candidato, partido político, oficial de governo eleito ou indicado, eleição, referendo, contagem de votos, legislação, regulamentação, diretiva ou resultado judicial”.

Nesta sexta-feira (3), a citação ao Brasil já não aparece mais na página. Atualmente, só há menção às seguintes localidades: Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, Estados Unidos, Indonésia, Israel, Japão, México, Peru e Reino Unido.

Com a ferramenta Wayback Machine do Internet Archive, o Canaltech confirmou que o Brasil tinha autorização para veicular os anúncios até 25 de abril. Contudo, essa menção já não aparecia mais na quinta-feira (2). Ou seja, a página foi atualizada em 30 de abril ou 1º de maio.

Ainda não está claro o motivo da alteração. Contudo, a Folha de S. Paulo lembra que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deu um prazo de 60 dias, desde 1º de março, para as plataformas se adaptarem às novas regras, como a exigência de oferecer um repositório de anúncios políticos e eleitorais. Essa janela foi encerrada nesta terça-feira (30).

O X foi procurado pelo CT, mas ainda não respondeu às perguntas sobre a alteração. O texto será atualizado em caso de resposta.

Google veta anúncios políticos

Apesar de a mudança acontecer pouco após o atrito entre Elon Musk e o Superior Tribunal Federal (STF), a plataforma não é a única a restringir anúncios nas eleições deste ano. Também em abril, o Google decidiu vetar anúncios eleitorais em 2024. A medida entrou em vigor na quarta-feira (1º).

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A decisão veio à tona devido às dificuldades para atender aos requisitos da corte eleitoral. Entre elas, o já citado repositório de anúncios, que será usado para fazer um monitoramento ativo das manifestações nas plataformas digitais.

Ao Canaltech em 24 de abril, o Google informou que iria “atualizar nossa política de conteúdo político do Google Ads para não mais permitir a veiculação de anúncios políticos” no Brasil. “Essa atualização acontecerá em maio tendo em vista a entrada em vigor das resoluções eleitorais para 2024”, concluiu a empresa.