TikTok suspende lives e criação de vídeos na Rússia
Por Igor Almenara • Editado por Douglas Ciriaco |
O TikTok anunciou a suspensão de transmissões ao vivo (lives) e criação de vídeos na Rússia neste domingo (6). Em resposta à “lei da fake news” que vigora no país, a plataforma se viu sem opções a não ser interromper funções do app enquanto avaliam as “implicações de segurança”. Por agora, somente a plataforma de mensagens do aplicativo vai funcionar normalmente.
- TikTok causa efeitos negativos em crianças? Investigação tentará descobrir
- TikTok agora suporta vídeos de até 10 minutos
“Com a prioridade de manter a segurança de nosso pessoal e de nossa comunidade, dedicamos recursos para o desenvolvimento e aplicação de novas medidas de proteção”, disse a plataforma em anúncio. Segundo a empresa, a guerra da Ucrânia criou um cenário complexo e com “rápidas mudanças”.
A nova lei contra fake news na Rússia prevê até 15 anos de prisão, ou multa de 500 mil rublos (R$ 18 mil, em conversão direta), para quem divulgar conteúdo considerado como desinformação no país. Os residentes de lá não podem, por exemplo, usar o termo “guerra” ao se referir à invasão na Ucrânia, já que as autoridades locais consideram a movimentação como uma "operação especial", ou convocar pessoas para manifestações contra o governo.
“O TikTok é uma saída para a criatividade e entretenimento que pode fornecer uma fonte de alívio e conexão humana durante um período de guerra, quando as pessoas enfrentam imensa tragédia e isolamento. No entanto, a segurança de nossos funcionários e usuários continua sendo nossa maior prioridade”, pontuou a empresa.
Até agora, o TikTok não deu nenhuma previsão quanto ao reestabelecimento das ferramentas do app na Rússia, mas reiterou que avaliará a lei com agilidade para voltar ao normal o mais rápido possível.
TikTok é só mais um
Além do TikTok, o Facebook e o Twitter não podem mais ser acessados na Rússia — neste caso, por ordem do governo. As redes sociais foi acusada de "violar os direitos e liberdades de cidadãos russos" ao impor restrições aos veículos jornalísticos locais, algo que, no país, é crime.