Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Mark Zuckerberg está recebendo críticas de todos os lados e quase nenhum apoio

Por| 03 de Abril de 2018 às 17h01

Link copiado!

Wired
Wired
Tudo sobre Facebook

Após se envolver em inúmeras polêmicas sobre a segurança dos usuários e suas privacidades junto à rede social Facebook, Mark Zuckerberg está recebendo críticas de todos os lados. Nomes de personalidades importantes no mundo tech, como Tim Cook, Elon Musk e Marc Benioff, comentaram publicamente suas considerações sobre o caso e não pouparam Mark de críticas quanto à exposição de informações envolvendo a Cambridge Analytica.

As grandes empresas de tecnologia tendem a defender umas às outras, como aconteceu quando a Apple precisou se levantar contra o FBI para proteger um iPhone criptografado durante uma investigação. Mas nem mesmo as empresas do Vale do Silício pronunciaram qualquer tipo de apoio a Mark ou ao Facebook.

Toma lá, dá cá

Durante o caso do iPhone com o FBI, inclusive, o próprio Facebook, juntamente com outras empresas, como a Alphabet e a Microsoft, prestou apoio a Tim Cook e à Apple. Entretanto, quando questionado sobre o caso do "vazamento" do Facebook, Cook criticou abertamente o CEO e disse que não se encontraria nessa situação se estivesse no lugar de Zuckerberg, defendendo que a forma de lucro da rede social requer a exploração dos dados dos usuários.

Continua após a publicidade

Zuckerberg, em entrevista à Vox no início dessa semana, afirmou que a interpretação de Cook é "extremamente simplesta e nem um pouco alinhada com a verdade", chegando a afirmar que as críticas de Cook refletem sintomas de Síndrome de Estocolmo.

Desde o início das polêmicas envolvendo a rede social, há cerca de duas semanas, as ações do Facebook despencaram mais de 16%.

Se o serviço é grátis, o produto é você

Gennie Gebhart, pesquisadora na Electronic Frontier Foundation, uma organização voltada para ações de defesa à privacidade digital, defendeu que os usuários estão mais próximos das personalidades do mundo da tecnologia para garantir que as outras empresas não façam o mesmo que o Facebook e a Cambridge Analytica fizeram: "Proteger a privacidade é bom para os negócios agora", disse ela.

Continua após a publicidade

Como as empresas de plataformas sociais precisam aproveitar os dados do usuário para vender melhor aos anunciantes, fica mais difícil prometer privacidade e manter um modelo de negócios robusto. Segundo Gebhart, "a privacidade é cada vez mais um ponto de venda para os usuários de tecnologia, mas para as empresas de mídia social, os abusos de dados são uma característica, não um bug. Trata-se de todo o modelo de negócios baseado em vigilância e publicidade da web. O Facebook pode ser o pior ou o melhor, dependendo da sua visão de vigilância", disse ela.

O posicionamento das outras redes sociais

Brian Acton, co-fundador do WhatsApp, declarou publicamente seu apoio ao movimento #DeleteFacebook, ficando contra Zuckerberg. O Snapchat chegou a trollar a rede social no Dia da Mentira, no último fim de semana, ao lançar um filtro que brinca com a situação da rede social de Zuck. Outras redes sociais, como o Twitter e o LinkedIn, permaneceram no mais absoluto silêncio, preferindo não se posicionar sobre o caso.

Já Marc Benioff, da Salesforce, não poupou seu xará dos comentários negativos, defendendo que o Facebook deveria ser regulamentado de forma semelhante ao que acontece com o tabaco, por exemplo. "Eu tive problemas com amigos meus no Facebook, que estavam me chamando e muito chateados comigo porque eu disse: 'Facebook é o novo cigarro'. É viciante, não é bom para você e há forças externas tentando manipulá-lo para usar", comparou Benioff.

Continua após a publicidade

Elon Musk, após ser desafiado por usuários no Twitter e acabar apagando as páginas da SpaceX e Tesla do Facebook, disse que sua decisão não teve qualquer motivação política e disse apenas "Só não gosto do Facebook. Me dá ânsia. Desculpe."

Aparentemente, Mark está descobrindo às duras penas que ele possui muito menos curtidas do que ele achou que teria.

Fonte: Bloomberg