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Instagram e Facebook ameaçam deixar Europa; entenda o motivo

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 07 de Fevereiro de 2022 às 10h52

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Reprodução/Facebook
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A Meta parece ter ameaçado fechar as portas das suas duas redes sociais (Facebook e Instagram) na União Europeia se os reguladores não permitirem o uso de dados pessoais de usuários locais. Essa afirmação teria sido feita em um relatório enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos.

Embora pareça uma medida drástica, a companhia afirma que o processamento de dados na UE e nos Estados Unidos são fundamentais para a manutenção dos seus negócios, hoje baseados na segmentação de anúncios. A gigante afirma que se não puder transferir informações entre países e regiões nas quais operam, ou se forem impedidos de compartilhá-los entre produtos, será inviável manter o fornecimento do serviço.

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A legislação recente aprovada no velho continente exige que dados dos cidadãos europeus sejam processados apenas em servidores localizados na Europa. Atualmente, a transferência de informações ocorre graças a acordos firmados entre os Estados Unidos e a UE, mas estes estão sendo considerados insuficientes para manter a prática.

Para conseguir manter-se em solo europeu, a Meta espera firmar um novo acordo em 2022, mas, se isso não ocorrer, o futuro pode ser ruim para a companhia de Mark Zuckerberg por lá. A proibição poderia reduzir drasticamente os produtos e serviços disponíveis na região, o que levaria ao fechamento de escritórios locais, com impactos na saúde financeira e a total interrupção do acesso.

Pressão nos órgãos europeus

O WhatsApp não foi citado na mensagem, por isso não está claro se o mensageiro também seria impactado. Embora não seja popular nos EUA, o "Zap" faz bastante sucesso em muitos países europeus. Como não é sustentado por anúncios, o mensageiro provavelmente não é afetado por restrições ao uso de dados de estadunidenses e europeus em propagandas direcionadas.

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É improvável que a Meta cumpra essa ameaça, afinal o mercado europeu é uma imensa fonte de renda para a companhia, mesmo com uma menor efetividade dos anúncios. O provável é que a mensagem enviada aos reguladores europeus seja para pressioná-los a chegar em um acordo viável para ambas as partes.

Em um momento no qual a companhia amarga uma queda histórica no lucro trimestral, é difícil imaginar que o maior conglomerado de social media do planeta desistiria tão fácil dos europeus. Mesmo assim, o Canaltech está atento para acompanhar possíveis desdobramentos no velho continente.

Fonte: United States Securities and Exchange Commission (SEC)