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Funcionário do Facebook retruca e chama criador do WhatsApp de passivo-agressivo

Por| 26 de Setembro de 2018 às 19h22

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Poucas horas após da publicação da Forbes em que o cofundador do WhatsApp, Brian Acton, criticou o Facebook, um dos funcionários da empresa, chamado David Marcus, saiu em defesa da rede social. Acton disse ao veículo que considera que vendeu a privacidade dos usuários do app de mensagens quando negociou o a junção com o Facebook em 2014.

Em “textão” no Facebook, Marcus informa que não se manifesta a pedido da empresa na qual trabalha, mas por achar injusta a afirmação de Acton.

O texto defende quatro pontos criticados pelo cofundador do WhatsApp. Primeiro, Marcus defende que o Facebook dá espaço e independência para fundadores de empresas para que continuem seus trabalhos. “Há poucas companhias que estimulam e mantêm fundadores e seus times por tanto tempo como o Facebook”, rebate. Ele ainda cita os exemplos Kevin Systrom e Mike Krieger, criadores do Instagram, os quais anunciaram suas demissões na tarde desta terça, além de Jan Koum, também cofundador do WhatsApp, que segue como CEO da empresa.

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Embora não falem isso abertamente, tanto Acton quanto Systrom e Krieger são conhecidos por criticar a atuação de Mark Zuckerberg e a falta de liberdade que têm para seguir com seus planos no Facebook.

Marcus defende que Zuckerberg “protege pessoalmente os fundadores”. “Por exemplo, os fundadores do WhatsApp pediram um desenho completamente diferente do habitual quando seu time se mudou para o campus do Facebook. [...] Isso irritou o pessoal do Facebook, mas Mark pessoalmente apoiou e defendeu isso”, relata Marcus.

O segundo ponto diz respeito à encriptação de informações. Atual presidente de uma instituição que defende ações que garantem mais privacidade para usuários, Acton considera que ao vender o WhatsApp para o Facebook, também vendeu a privacidade de seus usuários para “interesses maiores” da empresa de Zuckerberg.

Contudo, Marcus lembrou que a criptografia de ponta a ponta do WhatsApp só aconteceu após a compra e que o CEO do Facebook sempre se mostrou favorável a isso. Ainda, ele informa que viu Zuckerberg defender a manutenção da encriptação em várias reuniões com diretores. “A visão de Mark era de que o WhatsApp era um app de mensagens privadas e a encriptação ajudava a garantir que as mensagens fossem realmente privadas”, aponta no texto.

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Marcus ainda chama a postura de Acton de passiva-agressiva em relação às críticas sobre o trabalho no Facebook. O texto aponta que o fundador do WhatsApp sabia exatamente como era o modelo de negócio proposto e questiona se tinha uma melhor opção para guiar a empresa “que provasse que sua ideia tinha força”. “Não seja passivo-agressivo sobre isso”.

Por fim, Marcus considera baixa a posição de Action de ficar criticando a empresa na qual trabalhou. “Por fim, me chame de velho. Mas eu acho que atacar pessoas e a companhia que o fez bilionário e que mostrou um nível sem precedentes de proteção e acomodação por anos é muito baixo. Na verdade, acho que é um novo padrão de falta de classe”, critica.

Marcus ainda finaliza apontando que poderia criticar ainda mais a postura de Acton, mas que prefere “trabalhar em problemas reais, que impactam na vida de milhões de bilhões de pessoas”.

Na entrevista publicada nesta quarta, Acton se autointitulou um “vendido” e disse que pensa diariamente na venda de sua empresa para o Facebook.

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Fonte: Facebook