Venom: 9 coisas mais importantes que novos leitores precisam saber
Por Daniel Vila Nova | •

Ao longo das últimas décadas, poucos personagens conquistaram tamanho protagonismo nos quadrinhos como Venom. Em suas primeiras aparições, o alienígena não passava de um traje especial do Homem-Aranha. Com o tempo, o conceito do personagem foi se transformando e ganhando mais notoriedade.
No final da década de 1980, Venom se tornou um personagem de fato e um dos principais vilões do cabeça de teia. À medida que sua popularidade aumentava, a Marvel passou a explorar a relação entre Eddie Brock e o simbionte de outras formas. Venom tornou-se um anti-herói e passou a protagonizar histórias próprias.
Adicione aparições em outras mídias como jogos de videogame, propagandas e filmes e é possível entender como o vilão se tornou um dos personagens mais queridos da Marvel. Atualmente, além de ter uma trilogia cinematográfica própria, o personagem ganhou uma nova origem que revolucionou a forma com que suas narrativas são contadas.
Se você gosta do protetor letal, mas está perdido em anos e mais anos de continuidade confusa e retcons infinitos, o Canaltech separa nove fatos que todo fã de Venom precisa saber.
Venom não se resume à Eddie Brock
O jornalista Eddie Brock foi o principal hospedeiro do Venom ao longo de sua existência, mas ele não foi o único. Em diferentes momentos, outras pessoas já se fundiram ao simbionte. Além de Peter Parker, outros nomes como Flash Thompson, Harry Osborn, Mac Gargan e até mesmo a ex-mulher de Brock, Anne Weying, e seu filho Dylan, já assumiram a persona do protetor letal. Cada uma dessas encarnações teve diferentes relações com o simbionte, criando sua própria versão do Venom.
Em casos específicos, personalidades como Bruce Banner, Victor von Doom, Carol Danvers, Doutor Octopus, entre outros, também já assumiram a identidade do simbionte.
Venom quase foi mulher
A história de origem de Venom poderia ter sido muito mais sombria se dependesse das ideias originais de seus criadores, David Michelinie e Todd McFarlane. Inicialmente, a ideia era que o simbionte se unisse a uma mulher grávida que perdeu o marido em um acidente envolvendo o Homem-Aranha. Além da morte do companheiro, a mulher também perderia o bebê após o estresse da situação.
Culpando o cabeça de teia pelo ocorrido, ela desenvolveria um ódio irracional pelo herói e seria cooptada pelo simbionte para lutar contra Peter Parker. A ideia, no entanto, foi rejeitada por um dos editores da Marvel porque ele entendia que uma mulher não seria um inimigo a altura do Homem-Aranha. Apesar da visão retrograda, o Venom chegou a ter uma hospederia mulher anos depois.
Venom não é um vilão
O protetor letal pode até ter surgido como um vilão, mas não demorou muito para que o seu sucesso com o público o levasse ao posto de anti-herói. Afinal, como justificar um vilão com seu próprio título semanal?
Com novas oportunidades narrativas, o personagem saiu da sombra do Homem-Aranha e adquiriu uma galeria própria de aliados e vilões. Encontros eventuais com o cabeça de teia ainda acontecem, mas Venom caminha com os próprios tentáculos no mundo da Marvel.
Venom gosta de comer cérebros (e chocolates)
Um dos gostos mais particulares, e característicos, do Venom é o seu apetite por cérebros humanos. Inicialmente, o apelo da alimentação peculiar do personagem era mostrar o quão terrível ele era como vilão.
Com a transformação do protetor letal para anti-herói, as motivações por trás da predileção alimentar foram destrinchadas. Os simbiontes precisam consumir a substância química feniletilamina para sobreviver e, na Terra, existem duas fontes primárias para tal iguaria: cérebros e chocolates.
Venom é um pai de família
Venom não é exatamente um pai exemplar, mas ele tem uma quantidade de filhos assustadoramente grandes nos quadrinhos. Sua prole mais famosa é Carnificina, simbionte escarlate que se juntou ao assassino serial Cletus Kasady e aterrorizou a cidade de Nova York.
Seus outros filhos são Fago, Motim, Açoitador, Agonia, Grito e Infiltrado, cada um com uma cor e personalidade diferentes. Venom também é avô do filho de Carnificina, Toxina.
Venom nem sempre é um alienígena
O universo Ultimate promoveu mudanças nas histórias tradicionais dos personagens da Marvel. Entre elas, a origem do simbionte foi alterada na narrativa de Peter Parker e Eddie Brock.
Ao invés de um alienígena vindo do espaço, o simbionte era um experimento científico realizado por Richard Parker e Eddie Brock Sr., pais de Peter e Eddie, que buscava curar doenças como o câncer.
O experimento deu errado e Venom foi criado. No jogo Marvel's Spider-Man 2, a origem do universo Ultimate foi fundida com a origem do universo original;
O Anti-Venom
Durante anos, o fogo e as ondas sonoras foram as únicas formas de derrotar Venom e os simbiontes. As coisas mudaram com o surgimento do Anti-Venom, forma assumida por Eddie Brock após romper relações com o simbionte. Abandonado pelo simbionte, o jornalista enfrentou um câncer agressivo e, após ser curado pelo Sr. Negativo, descobriu que ainda tinha acesso a vestígios de simbionte que ficaram em seu corpo. A descoberta revelou uma nova forma de Venom, o Anti-Venom.
Com coloração branca e super poderes de cura, a nova versão de Venom é passiva e pode ser controlada por seu hospedeiro. O Anti-Venom foi peça fundamental para deter os avanços do novo Venom e mostrou ser capaz de neutralizar simbiontes em diferentes ocasiões.
A origem cósmica do simbionte
Em 2018, a Marvel anunciou uma importante mudança na mitologia de Venom e dos simbiontes. Knull, deus e criador dos Klyntar, foi apresentado ao público como a força primordial responsável pela origem da raça alienígena.
Capaz de forjar diferentes tipos de simbiontes com várias habilidades, o deus simbionte é metamorfo e possui fator de cura regenerativo, além da habilidade de voar. Após anos de tirania, os simbiontes conseguiram aprisionar Knull e se viram livres de seu criador. O vilão, no entanto, planejou seu escape e retornou de forma triunfal.
A nova mitologia aprofunda as origens e as motivações de Venom e seus semelhantes, criando inúmeras possibilidades de narrativas e oportunidades de novas histórias.
Venom se tornou um Deus
Após uma tentativa frustrada de invasão interplanetária orquestrada por Knull, Venom foi capaz de derrotar o deus simbionte e salvar a Terra. Com o vácuo de poder deixado, coube a Eddie Brock e o simbionte assumir o posto de Rei de Preto, o deus Klyntar.
Com novos poderes e uma consciência cósmica capaz de acessar todos os simbiontes no universo, Venom alcançou o posto mais alto na escala de poder do universo Marvel. Nada mal para um vilão/anti-herói que costumava bater em bandidos pelas ruas de Nova York.
Na lista organizada pelo Canaltech, você encontra as seguintes curiosidades:
- Venom não se resume à Eddie Brock
- Venom quase foi mulher
- Venom não é um vilão
- Venom gosta de comer cérebros (e chocolates)
- Venom é um pai de família
- Venom nem sempre é um alienígena
- O Anti-Venom
- A origem cósmica do simbionte
- Venom se tornou um Deus
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