Redmi Note 12 vs Note 12 Pro: o que muda?
Por Felipe Junqueira • Editado por Léo Müller |

A Xiaomi trouxe 5G nativo para a linha Redmi Note 12 em 2023. Fora isso, já vimos que a evolução é tímida, mas existe. Então, como diferenciar o Note 12 do Note 12 Pro para escolher a melhor versão ao comprar um novo celular?
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O Canaltech traz um comparativo entre os intermediários da linha Redmi para ajudar. Entenda, nos próximos parágrafos, quais são as diferenças em design, construção, tela, hardware e desempenho, câmeras e bateria.
Ao final, você deve conseguir escolher o melhor entre Xiaomi Redmi Note 12 5G e Note 12 pro, pensando no seu tipo de uso. Além de entender qual tem o melhor custo-benefício.
Design, construção, tela e som
- Redmi Note 12: 165,9 x 76,2 x 8,0 mm, 188 g;
- Redmi Note 12 Pro: 163,0 x 76,0 x 8,0 mm, 187 g.
Não há diferença visual muito grande entre os dois modelos. É verdade que o Redmi Note 12 é mais curvo, enquanto o Pro é mais reto, tanto na traseira quanto nas laterais em si. E os dois possuem certificação IP53, com alguma proteção contra poeira e também contra respingos d’água.
O acabamento tem mudança. Laterais em plástico nos dois aparelhos, mas a traseira do Redmi Note 12 Pro é de vidro, não plástico como o outro modelo. De resto, botões no lado direito, furo na tela para a câmera de selfies e conector P2 no topo e USB-C na parte inferior.
A tela também tem uma pequena alteração: é AMOLED no Redmi Note 12 e OLED no Pro. Curiosamente, o brilho máximo é maior no primeiro, pois pode chegar a 1.200 nits, contra 900 nits no segundo. Porém, é o Pro que tem recursos como HDR10+ e Dolby Vision, que o outro fica devendo.
Ambos usam resolução Full HD e têm taxa de atualização de 120 Hz na tela de 6,67 polegadas.
O sistema de som é estéreo no Redmi Note 12 Pro e mono no modelo base. Ambos pecam ao distinguir agudos e graves, especialmente em volumes mais potentes. Ainda assim, o Pro tem som um pouco melhor, simplesmente por ser estéreo.
Configuração, desempenho e usabilidade
- Redmi Note 12: Snapdragon 4 Gen 1 Octa-core (até 2,0 GHz), Adreno 619;
- Redmi Note 12 Pro: MediaTek Dimensity 1080 Octa-core (até 2,6 GHz), Mali-G68 MC4.
Os chips desses celulares da Xiaomi são de fabricantes diferentes, mas são mais semelhantes que diferentes. Ambos são produzidos na litografia de 6 nm e usam arquiteturas de núcleos semelhantes, apesar da velocidade diferente.
E, apesar de ter frequências maiores, o MediaTek Dimensity 1080 não conseguiu pontuar muito mais que o Snapdragon 4 Gen 1 no Geekbench. Mas, pelo que eu testei, isso faz diferença no uso do dia a dia, já que o Redmi Note 12 Pro é mais fluido que o outro modelo.
O Redmi Note 12, aliás, apresentou alguns engasgos até mesmo em Subway Surfers. Um jogo tão leve que sempre rodou bem até mesmo em smartphones de entrada desde que eu comecei a analisar celulares — em 2017.
Eu testei os modelos mais simples de cada aparelho, ou seja, 4 GB de RAM no Redmi Note 12 e 6 GB de RAM no Pro. Mas, no caso dos engasgos durante o jogo, ter mais memória RAM não resolveria. Além disso, ambos têm 128 GB de armazenamento interno.
Software
A MIUI 13 está presente por cima do Android 12 nos dois modelos. Ambos possuem muitos aplicativos redundantes e até alguns jogos pré-instalados. Ao menos na versão testada aqui no Canaltech, que era indiana.
A Xiaomi ainda inclui o sensor infravermelho em seus modelos intermediários, que permite o uso do celular como um controle remoto para TVs, ar-condicionado e mais. Quanto ao NFC, apenas o Redmi Note 12 Pro possui, mas não é habilitado em todos os mercados. Eu não consegui configurar o Google Pay no Brasil.
Câmeras
- Redmi Note 12: 48 MP (f/1.8, principal) + 8 MP (f/2.2, ultrawide) + 2 MP (f/2.4, macro); 13 MP (f/2.5, frontal);
- Redmi Note 12 Pro: 50 MP (f/1.9, principal) + 8 MP (f/2.2, ultrawide) + 2 MP (f/2.4, macro); 16 MP (f/2.5, frontal).
Não vi muita diferença na qualidade das fotos das câmeras principais do Redmi Note 12 para o 12 Pro. Apesar do sensor ser diferente, com 2 MP a mais no modelo mais avançado, ambos entregam bom nível de texturas, boa faixa dinâmica e precisão de cores satisfatória.
Nas outras duas câmeras traseiras, o resultado muda consideravelmente. A ultrawide tem faixa dinâmica bem inferior, satura mais as cores (ou seja, deixa as fotos mais ‘intensas’) e as texturas têm níveis bem menores. Na macro, esta última piora mais ainda.
As câmeras frontais também não têm resultados muito diferentes, e se aproximam da principal, até certo ponto. São boas câmeras para fotos de redes sociais, especialmente com boa iluminação.
O modo noturno não melhora muito as fotos, só reduz consideravelmente as tremidas. Mas não vi redução significativa nos ruídos e nem melhoria na claridade.
Para vídeos, a vantagem do Redmi Note 12 Pro é gravar em 4K na principal e oferecer opção de 1080p com 60 quadros por segundo na frontal. A estabilidade é muito boa nas câmeras de selfie, mas deixa um pouco a desejar na traseira.
Redmi Note 12: exemplos de fotos
Redmi Note 12 Pro: exemplos de fotos
Bateria e carregamento
- Redmi Note 12: 5.000 mAh, recarga com fio até 33 W;
- Redmi Note 12 Pro: 5.000 mAh, recarga com fio até 67 W;
E aí, chegamos ao ponto em que o Redmi Note 12 tem boa vantagem para o Pro, mesmo ambos com bateria de 5.000 mAh. No teste de uso real do Canaltech, o modelo base teve uma previsão de 27,2 horas de duração. O Pro ficou com 23 horas, ou seja, mais de quatro horas a menos.
Considerando que o teste é bastante exigente e que é muito difícil alguém passar 60% do dia com a tela ligada, a diferença deve ser ainda maior. Basicamente, o Redmi Note 12 pode chegar a dois dias longe da tomada sem nenhuma preocupação. Já o Pro talvez não chegue a esta marca com frequência.
Tempo de uso e recarga Redmi Note 12 vs Note 12 Pro
Mas o modelo mais avançado compensa esse tempo de uso menor com uma recarga consideravelmente mais rápida. Com o carregador de 67 W, ele demora cerca de uma hora para ir de 0% até 100%. Seu irmão precisa de mais de uma hora e meia.
Redmi Note 12 vs Note 12 Pro: qual vale a pena?
A minha percepção geral é de que o Redmi Note 12 Pro deveria ser o modelo base. Ao menos seria assim nos anos em que a Xiaomi incomodava as concorrentes com forte presença nos países ocidentais.
Não é que o Redmi Note 12 seja ruim, mas ele fica um pouco aquém em desempenho quando comparado a modelos de Samsung e Motorola. O Redmi Note 12 Pro não tem muito mais a oferecer, mas é mais fluido e tem tela um pouco melhor. Mas é só.
Para quem preza mais pelo tempo de uso do que pelo desempenho bruto, o Redmi Note 12 é uma opção mais interessante. E tem câmeras de qualidade muito próxima, mesmo com resolução menor na principal e na frontal. E o preço é bem mais interessante, também.
Ou seja, apesar de ser melhor, o Redmi Note 12 Pro fica devendo no custo-benefício que levou a Xiaomi aos corações de milhões de fãs. Neste aspecto, o Redmi Note 12 supera o ‘irmão’. Eu ficaria com este segundo, se fosse procurar um Xiaomi intermediário.
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