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Qual é a durabilidade dos celulares dobráveis?

Por| Editado por Léo Müller | 24 de Fevereiro de 2023 às 15h24

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Ivo Meneghel Jr/ Canaltech
Ivo Meneghel Jr/ Canaltech

O mercado de smartphones com telas flexíveis começou a se agitar em 2019, quando a Motorola Motorola Razr 2019 foi anunciado. Desde então, é comum que muitos curiosos se interessem em saber qual é a durabilidade de um celular dobrável.

Por isso, a equipe do Canaltech vai te ajudar a entender os principais cuidados físicos que impactam na durabilidade dos aparelhos com esse formato. Além disso, explicar os motivos que levantam essa dúvida em relação ao tempo de uso desse tipo de produto.

E, para completar a matéria, vamos falar a respeito da baixa demanda no mercado de revenda e o porquê de isso acontecer. Confira todas as informações detalhadas ao longo do texto.

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Quantas vezes o celular dobrável pode ser fechado sem quebrar?

Tanto a Motorola quanto a Samsung garantem que os seus celulares dobráveis resistem a até 200 mil dobras. Porém, em tempo de vida, esse número pode variar conforme a rotina de cada usuário.

Eu, por exemplo, uso o Galaxy Z Flip 3 há mais de um ano, e tenho uma média de uso de 70 dobras por dia. Logo, considerando o meu comportamento, o smartphone pode alcançar mais de 2.800 dias de vida útil, e isso é equivalente a 7 anos de durabilidade da dobradiça antes de apresentar danos.

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Para saber exatamente o número de vezes que o celular é dobrado, a Samsung disponibiliza uma opção no recurso “Bem-estar Digital” que ajuda a computar. Basta ir ao menu Configurações > Bem-estar digital e clicar no tempo de tela para encontrar a informação no bloco “Desbloqueios”.

Infelizmente, essa opção pode não ser tão precisa para aqueles sem o hábito de dobrar o celular para bloqueá-lo. Porém, para mim, a numeração mostrada é precisa devido ao meu tipo de uso. Entretanto, é um bom parâmetro para se ter uma estimativa do que esperar de um aparelho dobrável da sul-coreana.

Resistência além dos testes técnicos

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Em junho de 2022, o canal no YouTubeMrkeybrd publicou uma live com o teste de dobradura do Galaxy Z Flip 3 na prática. O criador de conteúdo aplicou sensores que contabilizaram o número de dobras do smartphone e começou o processo repetitivo.

Por se tratar de uma experiência focada em garantir a veracidade e a continuidade do teste, ao longo da live, diversas pessoas se revezaram com ele para continuarem o processo. Após 142 horas — 5 dias e 22 horas —, o smartphone apresentou um dano em sua mola, deixando-o meio aberto. O surpreendente é que foram necessárias 418.500 dobras para obter esse resultado, e a tela se manteve intacta.

Há dificuldade para revender o celular dobrável usado?

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Mesmo que a revenda de celulares seja algo comum, é maior o número de modelos Galaxy Z Fold 3 para compra no mercado de smartphones usados do que o Flip 3. Possivelmente, são pessoas que adquiriram curiosidade e não se adaptaram com a tela maior.

Por outro lado, há algo em comum entre os celulares dobráveis vendidos como usados: a desvalorização rápida. O fato de a tela ser mais sensível a danos gera muita preocupação em quem vai comprar esse produto, e isso impacta consideravelmente no valor de revenda dele.

Na maioria das vezes, mesmo em anúncios que oferecem os acessórios como adicional, o preço médio do Z Fold 3 de 512 GB não ultrapassa R$ 5.200 em sites focados na revenda C2C — de usuário para usuário. Considerando que o valor no lançamento era de R$ 12.799, essa queda supera os 60%.

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O mesmo acontece com o Z Flip 3, pois a versão de 256 GB é facilmente vista por R$ 2.300, um preço muito abaixo dos R$ 7.499 no momento do anúncio no Brasil. Essa redução em 70% também demonstra a dificuldade que há em revender um celular dobrável usado.

Mesmo em sites especializados, como a Trocafone, essa média de preços não é alterada positivamente para demonstrar uma valorização do dobrável usado. Para tentar remover os produtos do estoque, a empresa faz promoções, mas nem todas se convertem positivamente em vendas.

Porém, nem sempre a culpa dos estoques de dobráveis usados encalhados pode ser atribuída aos aparelhos em si. Afinal, a confiabilidade na conservação do produto depende muito do que o revendedor exibe nas imagens do anúncio.

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Apesar de a Trocafone ser uma empresa especializada na compra e revenda de celulares usados, na descrição do anúncio não existe nenhuma informação realmente relevante. Por exemplo, não está nítido se a tela ou a película do modelo à venda já passou por alguma troca.

Essa informação é muito importante para o público saber exatamente qual é o estado de conservação do display. Afinal, se já passou por alguma manutenção, isso demonstra que houve avarias em algum momento, e a desvalorização no preço não tem apenas relação com o uso.

No fim das contas, os testes práticos e as estimativas da própria Samsung sobre os dobráveis são bem favoráveis, e as chances de o seu dobrável estragar sozinho ou por uso comum não parecem ser maiores do que as de um celular em forma de barra tradicional.

Contudo, a tela desses aparelhos é notavelmente sensível a arranhões, e o usuário precisa cuidar com sujeira nos bolsos e bosas, evitando guardar o dispositivo aberto. Uma coisa é certa pelo menos: como a tela é flexível, ela não deve quebrar facilmente quando aparelho cai no chão.

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