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OLED ou QLED: qual é a melhor tecnologia de tela para smart TV?

Por| Editado por Léo Müller | 22 de Agosto de 2022 às 18h05

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Victor Lenze/Canaltech
Victor Lenze/Canaltech

O mercado de smart TVs possui dois grandes players: a Samsung e a LG. Ao longo dos anos, elas vêm disputando uma parcela valiosa de clientes dentro e fora do Brasil, sempre utilizando como diferencial a tecnologia presente no painel de suas televisões. A Samsung tenta promover o QLED e a LG busca alavancar o OLED. Mas qual é melhor para você?

Em volta de toda essa tecnologia, os consumidores podem ficar confusos na hora de distinguir qual é o painel mais avançado e quem ganha o embate “OLED vs QLED”. Quer saber qual é a melhor tela? Então, confira em detalhes nessa matéria completa.

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Tecnologias nas telas das smart TVs

Antes de definirmos qual é o melhor tipo de tela presente no mercado de televisores da atualidade, é importante destacar algumas características sobre os principais modelos existentes. Afinal, até chegarmos nessas tecnologias, muitas outras precisaram existir — e ainda estão em uso.

LED

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A telas LED possuem pequenos pontos que emitem luz — que podem ser chamados de sub pixels — em cores específicas, sendo elas o vermelho, verde e azul — ou RGB. A soma dessas repartições é que forma um pixel. E esses mini blocos distribuídos por todo o painel para serem responsáveis pela real de imagens.

Porém, as TVs e monitores com essa tecnologia não dependem apenas desses pontos para que a luz chegue corretamente para as nossas vistas. Por isso, é preciso uma estrutura luminosa ao fundo para se combinar com os pontos coloridos e fazer as imagens ficarem com diversas tonalidades.

Algo que é importante destacar diz respeito às cores que esse bloco maior de luzes de LED pode possuir, pois normalmente é branco ou azul. Já a nitidez da imagem vai depender do espaçamento entre esses pixels, pois, quanto mais espaçados, menor é a qualidade emitida pelo display. O ideal é que esse intervalo seja entre 10 nm e 16 nm.

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DLED e mini LED

Como o nome diz, a tela DLED é construída com diversos LEDs direcionados. Por isso, as zonas luminosas se ascendem de acordo com a necessidade em cada contexto de imagem apresentado no display.

O formato de iluminação é parecido com o das TVs de LED, mas pode acontecer de os grupos de sub pixels serem formados por quatro cores: vermelho, verde, azul e branco — RGBW — e assim denominados de WLED.

Apesar de o formato ser parecido com o exemplo anterior, a tecnologia de luminosidade é subdividida em zonas que se acendem ou apagam de maneira variada e dinâmica. E quando há tonalidades opostas na TV, essa tecnologia calibra as cores sem que o contraste seja afetado de maneira incômoda aos olhos.

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Já as TVs mini LED possuem um formato de funcionamento parecido com a DLED, mas as zonas luminosas são mais subdivididas. Além disso, as luzes de LED são menores para que a qualidade de imagem seja melhor.

A variação de cores é muito maior pelo fato de cada mini LED conseguir funcionar de maneira independente. Consequentemente, o contraste fica melhor para a visibilidade dos conteúdos, principalmente em filmes e séries pelo fato de o brilho maior favorecer no uso das tecnologias HDR e Dolby Vision.

Tecnologias QLED e OLED

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A tela QLED — Quantum LED — é uma tecnologia desenvolvida pela Samsung. Ela possui uma camada de LEDs azuis para fazer a iluminação de fundo — backlight — e garantir que os pontos de luz emitirão as cores de maneira bem variada para a experiência de uso.

Existe também uma camada parecida com a da tela LED, mas, ao invés pixels maiores, as cores são subdivididas em pontos quânticos — quantum dots — que proporcionam mais brilho e elevam a intensidade de cores para que as imagens fiquem visualmente mais atrativas.

Uma vantagem é que as TVs QLED Q60B e outras versões com essa tecnologia possuem o painel VA que foi aprimorado para não ter vazamento de luz, como em outras opções que são trabalhadas pela sul-coreana e fabricantes concorrentes.

Esse painel, no entanto, tem a desvantagem de não permitir a visibilidade do jeito real em alguns ângulos de visão. Além disso, a reprodução da cor preto não é de acordo com a realidade, ficando mais próxima do cinza escuro.

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Em contrapartida, a tela OLED usada pela LG consegue lidar melhor com tons mais escuros, e isso permite que o preto seja exatamente como tem que ser. Porém, isso não é por acaso, já que o desenvolvimento dessa tecnologia influencia diretamente nesse comportamento.

A emissão de luz acontece de maneira orgânica, pois cada LED — pixel — funciona de maneira independente. Consequentemente, telas de TVs como a LG Evo C2 não possuem um painel luminoso em seu verso, e isso ajuda a reduzir consideravelmente a espessura de TVs com esse formato de funcionamento.

Como já foi dito acima, as imagens mais escuras ficam com a precisão esperada pelo fato de cada pixel se desligar para explorar essa tonalidade. Além disso, as outras cores também ficam mais realistas, e isso é ótimo para o consumo de conteúdos em streaming.

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OLED ou QLED, qual é a melhor tela?

Existem alguns fatores que podem influenciar na hora da escolha entre o painel QLED e o OLED. Apesar de a segunda opção já ser trabalhada pela Samsung, aqui no Brasil ainda não há a disponibilidade de smart TVs da marca com essa tecnologia.

Logo, cada fabricante sul-coreana fica responsável por dominar um mercado de displays de alta qualidade para televisão. Porém, é preciso destacar que a QLED é boa para quem deseja ter uma TV com maior brilho e melhor ângulo de visão, bem como utilizar o produto em ambientes com muita iluminação natural, pois o nível de contraste fica agradável nesse tipo de situação.

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Por outro lado, é fácil entender que a tela OLED é a melhor. Afinal, a LG consegue entregar aos usuários um painel que reproduz as cores de maneira fidedigna em diferentes contextos, seja para visualização de imagens da TV aberta ou exploração de todos os recursos embutidos em plataformas de filmes e séries on demand.

O brilho da tela OLED, contudo, fica abaixo do oferecido pelaa QLED por um motivo importante para o público: burn-in. O fato de esse tipo de display ser propício ao desgaste que pode causar sobreposição indevida de imagens na tela em um curto espaço de tempo, fez com que a LG ajustasse o modo de iluminação máxima da TV para não abrir mão de usar essa tecnologia.

Assim como a TV OLED traz diversas vantagens e esse ponto de alerta, o preço para comprar um produto com esse painel é maior. Por isso, apesar de melhor, é preciso analisar se os benefícios esperados para a sua experiência de uso valem o gasto.