Publicidade

O Google Pixel Fold tem espaço entre os celulares dobráveis?

Por  • Editado por Léo Müller |  • 

Compartilhe:
Erick Teixeira/Canaltech
Erick Teixeira/Canaltech
Pixel Fold

O Pixel Foldfoi anunciado pelo Google em maio, e a chegada do celular no competitivo mercado de dobráveis gera muitas dúvidas em relação ao futuro dele. Afinal, a Samsung, Motorola, Xiaomi e OPPO já estão com dispositivos mais consolidados para atender a crescente demanda de usuários desejosos desses smartphones flexíveis.

Afinal, será que a gigante das buscas conseguirá destacar esse aparelho no meio dos competidores? Há espaço para mais um smartphone foldable? É o que responderei neste texto.

Canaltech
O Canaltech está no WhatsApp!Entre no canal e acompanhe notícias e dicas de tecnologia
Continua após a publicidade

Design controverso

O “Calcanhar de Aquiles” do Pixel Fold é, sem dúvidas, o seu design. O corpo do aparelho tem o OPPO Find N2 como inspiração, mas o resultado não está sincronizado com as alternativas de dobráveis lançados entre 2022 e 2023.

Visualmente, o smartphone tem tantas falhas de projeto que pode ser caracterizado como um “protótipo”. Parte dessa controvérsia está relacionada com as bordas exageradas nas extremidades do produto. Segundo executivos do Google, esse elemento de destaque negativo está relacionado ao material utilizado na dobradiça do celular.

Ao contrário de outras fabricantes, a empresa californiana optou por uma estrutura de aço inoxidável. Como consequência, algumas peças ficam concentradas no topo e na base do display, que são as áreas com as bordas exorbitantes. Outro elemento preocupante é que a abertura exige um pouco mais de força, e, a longo prazo, não dá para prever qual será o impacto na resistência física do dispositivo.

Porém, há pontos interessantes a serem observados, principalmente quando o comparamos com o Galaxy Z Fold, que é o modelo mais tangível para o público brasileiro atualmente. Isso porque o Pixel Fold é mais fino, e isso garante uma vantagem na empunhadura do aparelho. Em complemento, a certificação IPX8 de resistência à água garante que até mesmo as dobradiças podem ter contato com a água sem a possibilidade de danos.

Duas telas OLED

O Google aplicou no Pixel Fold duas telas de qualidade para acompanhar o conjunto. Tanto o display interno quanto o externo possuem painel OLED com taxa de atualização de 120 Hz em resolução Full HD+, com a proporção fisicamente inspirada no OPPO Find N2.

Continua após a publicidade

Para a área externa, a tela tem 5,8 polegadas, e a interna é ampliada para 7,8 polegadas. No geral, as imagens ficam nítidas e com cores fidedignas por se tratar de um painel OLED, que garante mais profundidade em diferentes níveis de coloração.

Desempenho e câmeras de topo de linha

Em relação ao desempenho, o Pixel Fold não decepciona. Afinal, ele é um celular que traz em seu hardware elementos focados no mercado premium. Prova disso é a presença da plataforma Google Tensor G2, que é o mesmo chipset embutido no Pixel 7 Pro, lançado pela empresa em 2022.

Apesar de já estar há quase um ano no mercado, esse processador ainda tem grandes pontos positivos para garantir velocidade e fluidez no uso diário. Em conjunto com o Android Puro, as personalizações focadas em garantir um layout adaptado foram bem efetuadas.

Continua após a publicidade

Para fotografia, o conjunto de sensores promete proporcionar imagens de alta qualidade. A câmera traseira tem 48 MP, e os recursos do software são os mesmos dos outros modelos da linha Pixel. Com isso, as imagens em baixa luz podem ser interessantes.

Um ponto positivo é que a câmera interna para selfies, que tem 8 MP, pois ela não fica abaixo do display, assim como está presente no Z Fold 4. A maior vantagem disso é a garantia de que a resolução do sensor será explorada ao máximo, usando menos o software como apoio no pós-processamento.

O Google Pixel Fold vai se destacar no mercado de dobráveis?

Continua após a publicidade

A resposta para essa pergunta é mais simples do que parece: só depende do Google. É isso mesmo! A gigante das buscas precisa fazer do primeiro smartphone dobrável dela um modelo mais desejado pelo público, já que o preço de US$ 1.799 (~R$ 9.030) está equivalente ao seu principal concorrente nos EUA, o Fold 4, e isso ajuda a encaixá-lo como boa alternativa ao modelo da sul-coreana.

Entretanto, é importante ressaltar que o Pixel Fold tem tudo para conquistar um espaço no explorável mundo dos dobráveis. Sua tela tem uma proporção agradável que, com menos bordas, faz mais sentido do que o formato utilizado pela Samsung em sua linha Fold.

As câmeras do Google, com foco em nitidez, fidelidade e equilíbrio, ainda são surpreendentes, e esses mesmos sensores estão presentes no Pixel Fold. Além disso, o Android feito para se adaptar ao formato flexível ainda precisa de ajustes, mas demonstra uma evolução em relação às adaptações personalizadas pelas fabricantes.

Continua após a publicidade

Durante a apresentação, diversas características positivas foram exibidas, e todas podem fazer dele um sucesso de vendas, principalmente nos países nos quais a comercialização local existe. Para o público brasileiro, infelizmente, não há previsão de venda do dobrável oficialmente por aqui.

Logo, quem desejar experimentar as tecnologias embutidas pelo Google no Pixel Fold dependerá do processo arriscado — e caro — de importação. Então, em terras tupiniquins, somente quem tem o privilégio financeiro e o anseio por tecnologias inovadoras conseguirá ter o smartphone em mãos.