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Moto G31 x Moto G32 | Qual Motorola é melhor?

Por  • Editado por Léo Müller | 

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Eric Mockaitis/Canaltech
Eric Mockaitis/Canaltech

A cada ano, a Motorola lança novos celulares e seus intermediários são bastante procurados pelo público, principalmente por entregar um bom custo-benefício. Um dos modelos apresentados em 2022 foi o Motorola Moto G32, que é sucessor direto do Moto G31.

Pouco foi mudado entre as duas gerações e, apesar de algumas melhorias implementadas no aparelho mais atual, o modelo do ano passado ainda chama atenção em alguns aspectos. Dessa forma, como definir qual o melhor para você?

Neste texto faço um comparativo entre o Moto G32 e o Moto G31 para te ajudar a escolher melhor o seu próximo celular caso esteja pensando em comprar um deles.

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Design e Construção

O visual evoluiu bastante entre as duas gerações e, apesar de ambos terem um trio de câmeras traseiras, o design da parte de trás dos celulares é bem diferente entre o Moto G31 e o Moto G32.

O Moto G31 tinha um aspecto bem mais simples e, de cara, já dava pra perceber que 0era um modelo intermediário com “um pezinho” no segmento mais básico. O acabamento dos dois é em plástico, mas o G32 consegue “disfarçar” isso um pouco e dá a impressão de ser um modelo com uma finalização um pouco mais requintada.

O posicionamento das teclas e conectores é o mesmo: botões de energia e volume na direita, USB-C e alto-falante na parte inferior e a gaveta para chips do lado esquerdo. O Moto G31 ainda traz uma tecla a mais, que é o acionador do Google Assistente. A marca decidiu removê-lo na nova geração, talvez por não ter sido tão bem recebido pelos fãs.

Em ambos os casos, não há certificação de resistência, mas os dois contam com o revestimento padrão da Motorola contra respingos d’água.

Tela

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Neste aspecto está o primeiro “retrocesso” feito pela Motorola entre as duas gerações. O Moto G31 se destacava pela tela OLED, que oferecia uma boa qualidade de imagem com contraste excelente. Para o Moto G32, no entanto, a empresa decidiu apostar em um painel IPS LCD, que é mais comum em modelos intermediários e básicos.

Apesar disso, há uma pequena vantagem no modelo mais atual: ele conta com um display com taxa de atualização de 90 Hz, que é mais indicado para quem busca uma tela com resposta mais rápida, principalmente para jogos. No dia-a-dia, isso garante uma interface com desempenho mais suave.

Em tamanho, a tela cresceu pouco e partiu de 6,4 polegadas no Moto G31 para 6,5 polegadas no Moto G32. A resolução é a mesma: Full HD, ou 1080 x 2400 pixels. O recorte da câmera frontal nos dois smartphones é em forma de um furo centralizado no topo do painel.

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É importante destacar que, em nenhum deles, a Motorola oferece uma proteção mais avançada para o display, então nada de Gorilla Glass no Moto G31 ou Moto G32.

Configuração e desempenho

No papel, o Moto G32 chega com um chip “melhorado”. Ele conta com o Snapdragon 680, que oferece um processador mais potente, com frequência máxima de 2,4 GHz, enquanto o seu antecessor conta com o MediaTek Helio G85, que chega a 2,0 GHz.

Aliado a isso, ambos têm opções de até 128 GB de armazenamento interno, mas o modelo mais atual oferece variações de 4 GB ou 6 GB de RAM, enquanto o G31 para em 4 GB.

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Na prática, porém, o desempenho é bem equilibrado. No dia-a-dia, ambos conseguem executar bem — dentro da categoria, é claro — a maioria dos aplicativos mais populares, como redes sociais e mensageiros, mas é necessário reduzir um pouco a qualidade gráfica se quiser aproveitar alguns dos jogos mais populares para Android.

O fato de o Moto G32 ter um chip da Qualcomm pode prevalecer um pouco mais em relação ao antecessor, já que a maioria dos apps e jogos são otimizados mais frequentemente para aparelhos com chipsets Snapdragon do que os MediaTek.

Usabilidade

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Naturalmente, ambos os celulares contam com a mesma interface do usuário, a My UX. Por serem de gerações diferentes, no entanto, o Moto G32 pode chegar mais longe no que diz respeito a atualizações. Isso porque o Moto G31 foi lançado com o Android 11, enquanto ele chegou com o Android 12. Dessa forma, considerando a política de updates da marca, o modelo mais atual deve receber o Android 13, enquanto o antecessor ficará no Android 12.

Atualizações à parte, os dois contam com um sistema operacional bem limpo. A My UX é uma das que mais se aproxima do Android puro e, com isso, entrega um visual bem minimalista — muito parecido com o software puro que a gente vê nos celulares da linha Pixel.

Também é válido mencionar que os dois celulares contam com recursos populares da Motorola, como os gestos para abrir a câmera ou acender a lanterna com um movimento do pulso. Isso torna essas tarefas bem mais rápidas e práticas no dia-a-dia.

Câmera

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Nessa categoria, quase não houve nenhuma mudança entre as duas gerações e o Moto G31 e o Moto G32 tem um conjunto de câmeras bem parecido. Para começar, ambos tem um trio de lentes com um sensor principal de 50 MP, auxiliado por um ultrawide de 8 MP e um macro de 2 MP. Até a abertura da lente é a mesma: f/1.8, f/2.2 e f/2.4, respectivamente.

A única diferença está no sensor para selfies, que é de 16 MP no modelo deste ano e 13 MP no do ano passado. Na prática, porém, o resultado é muito parecido, tanto com o conjunto traseiro quanto com a lente frontal.

Os dois celulares entregam imagens medianas, que são aceitáveis para registrar imagens mais ocasionais, mas deixam um pouco a desejar se você for mais exigente e quiser cores mais intensas com resolução superior. Veja, abaixo, alguns exemplos de fotos tiradas com cada smartphone:

Exemplos de imagens feitas com o Moto G31:

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Exemplos de imagens feitas com o Moto G32:

Sistema de som

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Em relação ao sistema de áudio, o Moto G32 tem uma boa vantagem: ele oferece uma configuração de som estéreo com duas saídas, enquanto seu antecessor conta com uma definição mono.

Na prática, o modelo mais atual entrega um volume mais alto e definido, com uma qualidade bem superior ao Moto G31. Dessa forma, se você gosta de ouvir músicas direto do celular, o G32 te atenderá melhor. Para ver filmes e séries, isso também gera uma imersão maior, mas o Moto G31 também não deixa a desejar.

Bateria e carregamento

Os dois celulares contam com uma bateria de 5.000 mAh o que, teoricamente, resultaria em uma autonomia parecida no uso prático. No entanto, a forma como o chipset gerencia o uso de energia conta bastante e, neste caso, o Moto G32 se dá muito melhor no dia-a-dia do que o Moto G31.

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O Snapdragon 680 presente no celular de 2022 é bastante eficiente para poupar bateria e, no nosso teste padrão, o Moto G32 consumiu só 8% da carga, enquanto o gasto do G31 foi de 13%. Isso gera uma estimativa de 37 e 23 horas de uso total, respectivamente.

Isso também se reflete em um uso comum e o G32 pode chegar a três dias de uso com uma única carga. É claro que isso depende de um uso mais moderado, mas no mesmo cenário o G31 fica em média de um a dois dias, “apenas”.

Quanto ao carregamento, mais vantagens para o modelo atual: ele tem suporte para carga de 30 W, enquanto o G31 fica apenas em 10 W.

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Moto G32 tem evoluções importantes, mas mostra um retrocesso

O Moto G32 ganha em diversos aspectos do seu antecessor e mostra que alguns dos avanços feitos são bem importantes. A bateria, por exemplo, se mostrou bem mais eficiente na nova geração, e o sistema de áudio estéreo também tira da linha intermediária aquele aspecto mais “sem graça” da qualidade sonora.

O visual também melhorou bastante, e o Moto G32 tem mais a cara de um intermediário premium, enquanto o antecessor tinha um aspecto mais simples e discreto, com aparência de smartphone de entrada.

A escolha do chipset é “questionável”, afinal o Snapdragon 680, apesar de ter uma boa frequência, tem uma arquitetura um pouco mais ultrapassada. Comparando com o G31 e seu MediaTek Helio G85, no entanto, o desempenho é bem equilibrado, com poucos pontos de vantagem para o G32.

A tela, em contrapartida, é o grande ponto fraco do Moto G32. A marca trouxe com o Moto G31 um painel OLED que cairia muito bem no sucessor, mas este chegou com um display IPS LCD mais simples e pouco atrativo. Não fez muito sentido esse retrocesso.

Já a câmera e a usabilidade é praticamente a mesma entre as duas gerações e, seja qual for a escolha, o resultado será basicamente igual nestes aspectos.