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Índia acusa Samsung e Xiaomi de violar leis antitruste no país

Por  • Editado por Léo Müller | 

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Samsung, Xiaomi e outras fabricantes de smartphones foram acusadas pelo governo indiano de violarem as leis antitruste no país. A acusação é de que elas teriam colaborado com Amazon e Flipkart para lançar celulares exclusivamente em seus sites de e-commerce no país. As informações são da Reuters.

Segundo investigações antitruste conduzidas pela Competition Commission of India (CCI), tanto Amazon quanto Flipkart violaram as leis de concorrência locais ao dar preferência a vendedores específicos e oferecer descontos anormais em certos produtos. Essa prática, segundo a agência, prejudica os e-commerces e varejistas menores.

Além de Samsung e Xiaomi, as duas maiores fabricantes de smartphones Android do mundo, o relatório cita a Motorola como uma das "envolvidas em prática de lançamentos exclusivos" na Amazon e Flipkart. As chinesas Realme, Vivo, OnePlus e Lenovo também teriam violado as regras locais.

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O diretor-geral da CCI, GV Siva Prasad, escreveu que essa prática prejudica não só os vendedores menores, como também os interesses dos consumidores.

"Exclusividade nos negócios é inaceitável. Não é apenas contra a concorrência livre e justa, mas também contra os interesses dos consumidores", comentou Prasad nos relatórios do caso Amazon e Flipkart.

As fabricantes envolvidas no caso não responderam. Amazon e Flipkart também não se manifestaram, mas foi revelado que, durante as investigações, ambas teriam "minimizado deliberadamente" as ofertas de lançamentos exclusivos.

Denúncias são antigas

A Reuters diz que as investigações sobre a Amazon e Flipkart foram iniciadas em 2020 após uma reclamação de uma afiliada da maior associação varejista do país, a Confederation of All India Traders, que possui 80 milhões de membros.

Varejistas indianos também acusaram repetidamente as duas empresas, alegando que ficaram para trás por não receber os lançamentos de celulares que eram exclusivos das duas e-commerces.

O próximo passo é conferir os documentos das grandes fabricantes de celulares, que deve acontecer nas próximas semanas, a fim de encontrar quaisquer irregularidades. Caso sejam condenadas, elas serão obrigadas a pagar multas e mudar suas práticas comerciais.

Fonte: Reuters