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Dá para usar um tablet como alternativa a um Echo Show?

Por| Editado por Léo Müller | 13 de Abril de 2022 às 16h33

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Rafael Damini/Canaltech
Rafael Damini/Canaltech

Nem todo mundo tem dinheiro para comprar um Echo Show, e muito menos para gastar em um Google Nest Hub, que precisa ser importado. Então, que alternativas existem para controlar uma casa inteligente por uma tela, com opção de comandos de voz?

Eu tentei usar um tablet com Google Assistente depois que meu Google Nest Hub de 1ª Geração quebrou. A ideia era fazer do tablet uma espécie de smart display, mesmo.

Por que Assistente Google e não Alexa?

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Você deve ter chegado a este texto por alguma curiosidade com o título, que fala em usar o tablet para substituir um Echo Show, que tem a Alexa. Porém, o aplicativo da assistente da Amazon tem uma limitação um pouco chata em smartphones e tablets: só atende a comandos de voz quando está aberto.

O Assistente do Google já atende ao chamado pela voz mesmo que a tela esteja desligada, se você assim configurar. Claro que eu chequei no app Alexa se havia esta possibilidade, e não tem: o aplicativo tem que estar aberto para o microfone ser ativado e ela responder.

Sendo assim, segui o teste com o Assistente do Google, que também não fica muito abaixo da Alexa dentro do que eu precisava.

Configuração inicial: sucesso

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Eu queria um dispositivo para ajudar a controlar as luzes de casa de maneira simples, mas não apenas com a voz. Precisava de uma tela para isso, e um tablet que estava meio sobrando por aqui poderia servir bem.

Instalei o Google Home e configurei a Assistente no Galaxy Tab S6 Lite para começar a fazer os testes. Consegui acender e apagar a lâmpada do quarto algumas vezes com a voz e fiquei satisfeito. Desativei o bloqueio da tela para garantir que comandos de voz fossem executados a qualquer momento.

Parecia ter encontrado uma alternativa boa a qualquer smart display.

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O dia-a-dia: problemas

Como já mencionei, os testes indicaram que estava tudo certo. Consegui até mesmo acender a luz com a tela apagada, o que me dava uma boa expectativa de conseguir entrar no quarto, chamar o Assistente do Google e pedir para acender a luz.

Mas não foi isso o que aconteceu. Diferente de um Echo Show ou de um Nest Hub, o tablet nem sempre respondia prontamente aos comandos de voz. A solução era acender a tela e tentar chamar o Assistente de novo ou abrir o Google Home para acender a luz “manualmente”.

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E o problema foi recorrente. Como o tablet não foi pensado inicialmente como um dispositivo de assistência de voz, o app não estava pronto para me atender em quase nenhuma ocasião. O processamento e a memória RAM priorizavam tarefas em segundo plano, como puxar notificações.

Então eu acabei com um dispositivo mais caro que um smart display que não age como uma tela inteligente. Até porque é um tablet, e não um aparelho preparado para atuar como hub de casa inteligente.

Dá para usar um tablet como alternativa a um Echo Show?

Não. Smart displays são desenvolvidos com o propósito principal de receber comandos de voz e executar a ação solicitada. Todo o restante é extra, desde reprodução de vídeos ou músicas em plataformas de streaming, até mesmo resumos de notícias ou podcasts.

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Um tablet, por outro lado, é uma espécie de celular com tela grande. Um dispositivo com mais espaço para a navegação em redes sociais, reprodução de vídeo e até mesmo tarefas de trabalho ou estudo. Ele tem suporte a assistentes de voz, mas não é seu propósito principal.

Assim sendo, mesmo que você tenha somente uma Alexa ou um Assistente do Google instalados no dispositivo, o tempo de resposta não se aproxima ao de um smart display ou alto-falante inteligente. O tablet executa outras tarefas ao mesmo tempo, e demora bastante para ativar o modo de escutar comandos de voz.

Lembrando que meu teste foi realizado em um tablet da faixa de R$ 2.000, que já é mais caro do que um Echo Show ou mesmo um Nest Hub. Ou seja, nem mesmo uma alternativa financeira interessante poderia ser, já que para valer a pena, você teria que pegar um tablet bem mais barato e, claro, com resposta ainda mais lenta.

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Só valeria a pena se você não se importar em usar a tela na maior parte das vezes e tiver um tablet qualquer parado em casa. Aí dá para adaptar, mesmo com uma grande limitação.